Protesto

Moradores da Vila Maranhão interditam trecho da Transnordestina contra ordem de despejo

Manifestantes afirmam que só liberam ferrovia quando puderem negociar com representante da União

O Estadoma.com

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Moradores exibem cartazes contra ordem de despejo
Moradores exibem cartazes contra ordem de despejo (transnordestina)

Moradores da Vila Maranhão estão interditando, desde as 8h, um trecho da ferrovia Transnordestina. Eles reivindicam a suspensão da ordem de despejo que receberam para deixar suas casas por conta da proximidade com a linha férrea. A Polícia Militar já está no local, mas os manifestantes afirmam que só sairão do local após falar com algum representante da empresa Transnordestina Logística.

Segundo Wanderson Valente, morador da área, mais de 40 famílias moram no local, algumas há quase 30 anos. "A Transnordestina quer demolir as casas, mas eles nunca conversaram com a gente, só fizeram um cadastro. Tem pessoas que moram lá há quase 30 anos. Nós não temos para onde ir. Eles dizem que é por medida de segurança, por causa da linha de segurança de 15 metros da linha férrea, mas que medida de segurança é essa que deixa pessoas desabrigadas?", questionou o manifestante.

O projeto da Transnordestina foi iniciado em 2002, com extensão prevista de 1.728 km. No ano passado, 52% das obras já haviam sido concluídas. Pelo projeto atual, vai ligar a região Sul do Piauí aos portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco, facilitando o escoamento da produção. O empreendimento também poderá ter um ramal de ligação com o Porto do Itaqui, em São Luís, de acordo com a proposta de lideranças políticas e empresariais do Piauí. Se concretizada essa ideia, a Transnordestina vai integrar os maiores portos do Nordeste.

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