Dois anos...

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42

Em meio às solenidades de posse de 215 prefeitos eleitos e reeleitos no Maranhão, passou quase despercebido pelos maranhenses o fato de que o governador Flávio Dino completou, neste domingo, 1º, exatos dois anos à frente do Maranhão. É metade do mandato que ele deixa para trás, sem nenhuma marca efetiva de sua gestão.
Para começo de conversa, logo na posse, em 1º de janeiro de 2015, Flávio Dino anunciou que iria dobrar, em quatro anos, o então efetivo da Polícia Militar, que, à época, era de cerca de 9 mil homens e mulheres.
Na prática, para cumprir a promessa, o comunista precisaria nomear quase três mil homens por ano. Seis mil novos policiais deveriam, portanto, estar sendo apresentados hoje aos maranhenses. Mas Dino ainda não conseguiu nomear nem um quarto desse efetivo, isso já incluindo os cerca de 400 novos que ele anunciou para início do treinamento.
Mas se a Segurança Pública tropeça na gestão comunista, a Saúde é o ponto mais fraco de sua gestão. Em dois anos de mandato, Dino não apenas deixou de implantar as promessas de campanha, como ainda desmontou todo o sistema de excelência herdado da gestão anterior. Muitos dos hospitais construídos e equipados com o que de mais moderno havia no setor hoje estão abandonados ou fechados pelo atual governo.
E as UPAs, cujo atendimento chegou a rivalizar com o de hospitais particulares, hoje são apenas um arremedo do que eram até 2014.
Em 24 meses de mandato, o “governo da mudança” não conseguiu implementar também nenhuma novidade no que diz respeito às estradas maranhenses, nenhuma ação que pudesse ser destacada na área da Educação e nenhuma grande obra de engenharia que pudesse marcar sua gestão. E ele agora só tem metade do tempo para promover a revolução que pretendeu.

Ainda as UPAs
O governo Flávio Dino (PCdoB) segue tentando desmoralizar os médicos que denunciaram atraso no pagamento dos salários das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O comunista espalha agora em sua rede de blogs que os médicos seriam, na verdade, sócios da empresa que declararam tê-los demitidos.
O problema para o governo é que o fato de eles serem ou não sócios não apaga o fato de que o comunista tentou interferir na empresa para afastá-los do trabalho.

Poderoso
O ex-deputado Jota Pinto (PEN) chega como homem forte na gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).
Pinto desbanca ninguém menos que o também ex-deputado Hélio Soares (PR), que não conseguiu vingar no posto.
Pinto chega com a força de comandante de partido e com a mulher eleita vereadora.

Penduricalho
Criticado por manter várias secretarias sem pé nem cabeça, o prefeito Edivaldo Júnior inicia o segundo mandato criando mais cargos.
Desbancado da Secretaria de Articulação Política, o ex-deputado Hélio Soares vai assumir uma tal Secretaria de Relações Parlamentares.
A estranheza da pasta deixa claro tratar-se de um abrigo político, mais um penduricalho na já inchada máquina da Prefeitura.

Em queda
Chamou atenção nas mudanças anunciadas sábado pelo prefeito Edivaldo Júnior a saída do titular da Secretaria de Urbanismo, Diogo Lima.
O secretário se destacou como operador político de Edivaldo durante a eleição, gerando, inclusive, ciumeira nos bastidores.
Sua ida para o comando da já inexistente Coliseu gera suspeitas de que o prefeito tenta tirar o auxiliar dos holofotes.

Promoções na PM
Destaque na Assembleia como defensor da categoria dos militares, o deputado Sousa Neto (Pros) analisa as promoções de fim de ano feitas na corporação.
E avalia que o governador Flávio Dino atropelou as regras, deixando de fora oficiais com tempo suficiente de trabalho.
Para o deputado, o governador politiza as promoções que deveriam ser praxe legal na PMMA.

Tudo em casa
O prefeito de Paço do Lumiar, Domingos Dutra, resolveu deixar dentro de casa todo o comando da Prefeitura.
Caberá à sua mulher, Núbia Dutra, a gestão da Administração, da Fazenda, Finanças e Articulação Governamental.
Em síntese: a primeira-dama adquire poder absoluto sobre a gestão do marido.

Novos voos
Agora na condição de ex-vereador, Fábio Câmara ainda estuda que caminho seguir a partir de agora.
Ele é presidente municipal do PMDB, mas não descarta seguir outros rumos.
Fortalecido com boas relações no governo Michel Temer (PMDB), o ex-vereador ganhou também a confiança do ministro da Cultura, Roberto Freire.

E MAIS

• O médico Yglesio Moyses ganhou o apelido de “dr. Maluquinho” nas redes sociais, após sua adesão guerrilheira ao grupo de Flávio Dino e Edivaldo Júnior.

• Agora ex-prefeito de Ribamar, o pedetista Gil Cutrim deixa a gestão com forte desgaste político e administrativo.

• O ex-prefeito Sebastião Madeira aproximou-se do seu sucessor em Imperatriz, Assis Ramos, nos dias que antecederam a posse.

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