Retrospectiva

Um ano como 2016

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos diversos setores, e muitas perdas culturais, também foi um ano especial para áreas da música, teatro, artes plásticas e cinema, por exemplo, foram muitas conquistas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Soulvenir brilhou em 2016
Soulvenir brilhou em 2016

Um ano de muito trabalho, conquistas e projetos, apesar das dificuldades. Assim foi 2016 para a produção cultural, incluindo teatro, cinema, música, artes plásticas, literatura e fotografia, entre outras. Para a maioria, o ano foi marcado pela busca de parcerias com vistas a novos projetos, mas também por reconhecimento e vitórias devido ao esforço de cada um em seu campo de trabalho.

No cenário musical local, o ano foi de conquistas para a banda Soulvenir que, além do destaque que teve no Maranhão, se apresentou na Europa. A conquista deu-se após vencer o concurso “EDP Live Bands Brasil”, que garantiu aos músicos maranhenses um show especial no festival “NOS Alive 2016”, no mês de julho, em Algés (Portugal). O mesmo concurso viabilizou um novo álbum, a ser lançado pela Sony Music em 2017, sob o título “Uterearth”, reunindo 10 canções.

Para o baixista Marlon Silva, foram 365 dias inesquecíveis. “Diante de tantas dificuldades vividas pelo país, conseguimos muitas vitórias. Isto para nós foi maravilhoso. E agora é hora de agradecer a todos que nos ajudaram nessa caminhada e esperamos mais conquistas em 2017. Percebemos com clareza que o cenário da música tem melhorado no Maranhão e principalmente na nossa cidade, mas sabemos que as coisas não acontecem da noite para o dia. É preciso paciência, persistência e trabalho”, disse Marlon Silva, informando que a banda está alinhando com a Sony Music o calendário de lançamento do disco e que haverá uma turnê começando por São Luís.

Pão com Ovo brilho no Rio de Janeiro
Pão com Ovo brilho no Rio de Janeiro

No teatro, quem brilhou foram os atores da comédia “Pão com Ovo”. César Boaes, Charles Júnior e Adeilson Santos viram suas estrelas brilhando intensamente. Depois de duas temporadas em São Luís, sendo uma no Teatro Zenira Fiquene (Fama) e a outra no Teatro Arthur Azevedo (Rua do Sol), o trio realizou 40 apresentações no Rio de Janeiro, com casa cheia no Teatro Clara Nunes.

De forma irreverente e dinâmica, os três atores levaram os cariocas a uma reflexão ao satirizar estereótipos humanos e situações do cotidiano, com um humor peculiar e inteligente. No entanto, foi preciso adequar o texto à realidade da “terra do samba”. O espetáculo, com comunicação direta e simples, apresentou uma linguagem popular e o destaque foi o carisma dos personagens. O sucesso foi tamanho que os artistas retornarão à Cidade Maravilhosa em janeiro de 2017, para uma nova temporada até março, desta vez no Teatro Miguel Falabella.

No Maranhão, a trupe de “Pão com Ovo” aproveitou 2016 para incursionar por 13 cidades do interior, entre elas, São Bento, Viana, Tutóia, Buriticupu, Açailândia e Rosário. “Foi, sem dúvida um ano de muito trabalho e conquistas”, analisou César Boaes, lembrando também da participação da peça no Festival de Teatro Janeiro Brasileiro da Comédia, em São José do Rio Preto (SP), tendo sido considerado o melhor espetáculo do evento.

Na área da fotografia, Meireles Júnior cravou um dos mais aplaudidos projetos. No Cinépolis do São Luís Shopping, lançou o projeto “Sobrenatural: Impressões sobre os Lençóis Maranhenses e o Grand Canyon”, trabalho que inclui documentário, livro e exposição fotográfica. O projeto patrocinado pela Fribal, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, documenta, com mais de 100 horas de gravação em vídeo e cerca de 4 mil fotos, as belezas e mistérios de duas das mais espetaculares paisagens do planeta. O fotógrafo, que ao longo dos anos desenvolveu uma técnica apurada que lhe rendeu premiações, elogios da crítica especializada e um imenso respeito, é formado em Design e iniciou sua carreira como fotógrafo em 1995.

Márcio Vasconcelos recriou o
Márcio Vasconcelos recriou o "Poema Sujo" por meio de imagens

Outro destaque foi o fotógrafo Márcio Vasconcelos que, depois da exposição no ano passado, lançou o livro “Visões de um Poema Sujo”, no qual relê e recria as inúmeras cenas que o poema de Ferreira Gullar descreve sobre a cidade de São Luís, enquanto estava exilado em Buenos Aires, em meados da década de 1970. Márcio Vasconcelos traz neste ensaio todo o drama que o escritor viveu naquele momento e a sua visão autoral de como Gullar imaginava e traduzia em versos a São Luís de sua infância

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