Dúvida

Laudos sobre balneabilidade da orla da Ilha confundem

A cada semana, relatórios são divulgados pela Secretaria estadual de Meio Ambiente com dados ora liberando, ora proibindo o banho em determinados trechos; semanalmente, aumenta ou diminui o número de trechos próprios

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Placa indicava trecho impróprio para banho próximo à foz do Rio Calhau, na praia do Calhau, na terça-feira, 27
Placa indicava trecho impróprio para banho próximo à foz do Rio Calhau, na praia do Calhau, na terça-feira, 27 (Praia do Calhau)

Os laudos de balneabilidade das praias da Ilha de São Luís que têm si­do divulgados semanal­mente pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) têm confundido mais do que informado. As análises feitas pelo Laboratório de Análises Ambientais (LAA), da Sema, trazem informações discrepantes a cada semana. No laudo divulgado ontem, há apenas três pontos impróprios para banho na orla. Segundo o documento, 80% das praias de São Luís e São José de Ribamar estão próprias para banho. Isto é, dos 21 pontos aferidos, 17 estão próprios para banho, de acordo com a secretaria.

O relatório, que é feito semanalmente, entretanto, se contrapõe ao divulgado no dia 23 deste mês pela Sema, que mostrou que o número de trechos de praia impróprios para banho havia subido de cinco para nove em apenas uma semana. No levantamento divulgado no dia 16 deste mês, apenas a Praia da Ponta d’Areia aparecia imprópria para banho, com cinco pontos de poluição.

Um novo levantamento, feito entre os dias 14 e 18 deste mês, mostrou que, dos 21 pontos coletados, nove apresentaram níveis de enterococcus (coliformes fecais) abaixo do que determina a Resolução nº 274/00, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), que considera águas das praias próprias para o banho quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo lo­cal, houver no máximo presença de 100 enterococcus/100 mL. As águas das praias serão consideradas impróprias quando não atenderem a este critério ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 400 enterococcus/100 mL (NMP).

Placas

Dos nove pontos impróprios, cinco ficavam na Praia da Ponta d’Areia, que chegou a ter, em quase toda sua sua extensão placas de avisos sobre os índices altíssimos de coliformes fecais, que estavam aci­ma do permitido, ficando imprópria para banho. Na praia, foram analisados seis pontos e apenas o trecho ao lado do Forte Santo Antonio estava liberado para banho.
O relatório – realizado entre os dias 21 e 25 de dezembro – aponta que somente três pontos da Praia da Ponta d’Areia (Bar do Dodô, em frente à Praça de apoio ao banhista e em frente ao Hotel Brisa Mar), e um da Praia de São Marcos (Foz do Rio Calhau), estão impróprios para o banho.

As praias do Calhau, Olho d’Água, Meio e Araçagi estão 100% liberadas.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho, após monitoramento, fiscalizações em hotéis, condomínios, grandes empreendimentos e outros espaços, foi possível obter bons resultados neste ano.

“Em outubro, atingimos o ápice mantendo durante todo o mês 100% dos pontos monitorados próprios para banho. É um trabalho árduo. O lançamento de esgoto in natura atrapalha nosso trabalho”, explicou.
Ele esclareceu que no último mês houve bastante lançamento de esgoto clandestino, principalmente na região da Ponta d'Areia. “Mas estamos fazendo um trabalho firme, fiscalizando os empreendimentos da área, e já podemos verificar os resultados dessa ação nesse último laudo. O número de pontos impróprios caiu de nove para quatro", realçou Coelho

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