O líder do PSD na Câmara Federal, Rogério Rosso (DF), se reuniu com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para pedir ao presidente do Legislativo que adie a eleição marcada para 2 de fevereiro, que escolherá o novo comando da Casa para o biênio 2017-2018.

Maia e o chamado "centrão", grupo do qual Rosso faz parte, travam uma disputa pelo cargo, que hoje é o primeiro na linha sucessória da Presidência da República.

Segundo o próprio Rosso, Maia negou o pedido e manteve a eleição no dia 2 de fevereiro.

O argumento do líder do PSD, pré-candidato à presidência da Câmara, é o de que a eleição só deveria ocorrer após o Supremo Tribunal Federal (STF) se pronunciar sobre o caso. "Fiz o pedido em nome da segurança jurídica e da segurança institucional", afirmou.

Os adversários de Maia questionam no Supremo a legitimidade de Maia concorrer à reeleição. Isso porque a Constituição estabelece que o presidente da Câmara será eleito para mandato de dois anos, "vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente".

O atual presidente da Casa, porém, diz ter segurança jurídica de que a vedação é apenas para os que cumpriram mandato de dois anos. O deputado do DEM foi eleito em julho após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Maia não se manifestou sobre o pedido de Rosso. Pessoas próximas disseram que ele negou o pleito sob o argumento de que a eleição é um assunto interno da Câmara e, portanto, não há por que aguardar posição do STF.

Saiba Mais

A disputa pelo comando da Câmara Federal tem movimento os bastidores da política em Brasília. A escolha pelo novo presidente da Casa divide a bancada do Governo Michel Temer e tem provocado o fortalecimento de partidos de oposição.

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