Câmara Federal

Câmara define para o dia 2 de fevereiro data da eleição da Mesa Diretora

Atual presidente da Casa só decidirá na semana anterior ao pleito se disputará ou não novo mandato, embora essa possibilidade seja questionada no Supremo Tribunal Federal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Rodrigo Maia quer disputar novamente o cargo de presidente da Câmara
Rodrigo Maia quer disputar novamente o cargo de presidente da Câmara (Rodrigo Maia)

BRASÍLIA - A eleição para o cargo de presidente da Câmara e dos demais integrantes da Mesa Diretora foi marcada para o dia 2 de fevereiro. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou o cronograma em ofício encaminhado aos líderes dos partidos. O mandato dos eleitos será de dois anos.

Além da presidência da casa, mais dez cargos estarão em disputa: duas vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências de secretaria. A Mesa Diretora tem a atribuição de dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Câmara.

O prazo para o registro das candidaturas termina às 23h do dia 1º de fevereiro. Os partidos terão até as 12h desse mesmo dia para formar blocos parlamentares para concorrer à eleição. Às 15h, será realizada a reunião de líderes para definir a divisão dos cargos da Mesa Diretora. Qualquer deputado pode ser candidato à presidência da Casa. Os demais cargos da Mesa são distribuídos de acordo com a proporcionalidade partidária. Assim, os partidos ou blocos escolhem os cargos que pretendem ocupar. Podem disputar o voto apenas parlamentares do partido ou bloco a que cabe a vaga.

A eleição

Na eleição da Câmara, a votação ocorre em urnas eletrônicas usadas nos pleitos nacionais. No início da sessão para a eleição da Mesa, é uma tradição que cada candidato à presidência da Casa discurse.

Para ser eleito em primeiro turno para a presidência, o candidato terá de obter metade mais um do total de votos – maioria absoluta, observado o quórum mínimo de 257 votantes.

Se isso não ocorrer, os dois mais votados concorrem em segundo turno e será eleito aquele que obtiver maioria simples. Em ambos os casos, os votos em branco serão contados para efeito de quórum. No caso de empate, prevalecerá o candidato com maior número de legislaturas. Se ambos tiverem o mesmo número de mandatos, vencerá o mais idoso.

Inicialmente são apurados os votos para presidente da Câmara, que, após eleito, comanda a apuração dos votos para os demais cargos da Mesa Diretora.

Na última sexta-feira (21), Rodrigo Maia disse que só deverá decidir se irá concorrer à presidência da Casa para um mandato de dois anos em janeiro, após avaliações políticas com o seu partido e deputados. Na opinião de Maia, não há impedimento legal para que ele entre na disputa, pois não está escrito na Constituição que quem cumpre mandato-tampão não pode ser candidato à reeleição. Maia foi eleito para o cargo após a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A eleição está marcada para as 9h do dia 2 de fevereiro. No mesmo dia, em horário a ser definido, haverá sessão do Congresso Nacional para abertura da próxima sessão legislativa. A inauguração dos trabalhos prevê a presença de um enviado do presidente da República com a mensagem presidencial que será lida pelo 1º secretário do Congresso.

Michel Temer fecha 2016

com 88% de apoios na Câmara

Taxa é a maior registrada por um presidente nos últimos anos; adesão entre os partidos da base é praticamente unânime

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer termina o ano com a maior taxa de governismo já registrada na história recente da Câmara dos Deputados. Segundo dados do Basômetro, do Estadão Dados, os deputados votaram seguindo a orientação do governo em 88% das votações nominais que ocorreram em plenário em seus primeiros sete meses de gestão. No mesmo período do segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, a taxa de governismo média foi de 63%.

A adesão ao governo é praticamente unânime na base aliada. O PMDB, por exemplo, que tem a maior bancada da Casa, registra uma taxa de apoio a Temer de 97% - a mesma do PSDB, que tem o terceiro maior número de deputados. Só cinco partidos - PT, PDT, PCdoB, PSOL e Rede - votam em oposição ao governo na maioria das vezes

Para líderes governistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, o passado de Temer como presidente da Câmara, além da confiança na equipe econômica, são essenciais para explicar o alto nível de adesão. "No nosso caso, o fato de o presidente ser do PMDB é um diferencial. Mas, mais do que isso, sua formação e vivência no Congresso são essenciais. Ele é acessível, sabe escutar e leva nossas opiniões em consideração", diz o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP).

Além do alto nível de governismo, houve outra mudança importante no comportamento dos deputados. Apesar da crise econômica e das delações premiadas da Operação Lava Jato, as legendas voltaram a se comportar da maneira que haviam feito por quase todo o período democrático recente, ou seja: como partidos coesos, cujos deputados obedecem aos seus líderes partidários.

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