Caso Balsas

Policiais envolvidos na operação de Balsas estão de volta à atividade

Enquanto se estender o inquérito, os policiais estão desenvolvendo atividades administrativas dentro do quartel. Para o comandante do 4º BPM, esses militares não devem ser tratados como bandidos

Leandro Santos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Kamila Brito e a irmã Karina Britto
Kamila Brito e a irmã Karina Britto (Irmã de jovem morta em Balsas contesta policiais)

Alguns dos policiais envolvidos na operação na cidade de Balsas, que resultou na morte da jovem Karina Brito Ferreira, de 23 anos de idade, estão de volta à atividade, mas exercendo funções administrativas. A informação foi repassada pelo tenente coronel Juarez Medeiros, comandante do 4º Batalhão de Polícia (4º BPM).

Enquanto se estender o inquérito, esses policiais ficarão afastando temporariamente das operações de rua, mas exercerão funções administrativas dentro do quartel do batalhão de polícia.

Ao todo, cerca de 26 policiais estavam envolvidos na operação de busca dos assaltantes da agência bancária de Fortaleza dos Nogueiras que resultou na morte de Karina Brito, na madruga do dia 15. Entre esses agentes estavam policias militares e civis, mas o tenente-coronel Medeiros se referiu apenas os policiais do seu batalhão que estão exercendo as atividades administrativas dentro do quartel do batalhão.

Ele disse também que os policiais que participaram da operação não devem ser tratados como bandidos. “Foi um acidente o que aconteceu. O carro foi confundido. Não podemos de forma alguma tratar os policiais como se fossem bandidos”, disse o comandante.

Missa - Ontem acontece a missa de sétimo dia de Karina Brito. Familiares e amigos ainda estão bastante indignados com a situação. Na terça-feira, dia 20, Kamila Brito, imã da vítima, prestou o depoimento da delegacia da cidade de Balsas.

No dia 15, Kamila e Karina Brito estavam vindo de um velório e indo para casa quando foram confundidas com criminosos e então iniciou-se a perseguição policial. Kamila foi atingida no braço com um tiro enquanto que a sua irmã, Karina, morreu baleada dentro do automóvel.

A versão da Secretaria de Segurança Pública (SSP) é a de que as duas teriam furado uma barreira policial feita por viaturas caracterizadas e por isso foram perseguidas. Já Kamila Brito afirma que em nenhum momento furou essa barreira e, durante todo o tempo, foi perseguida por carros sem qualquer tipo de identificação da polícia.

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