Irregularidade

Carrinhos e ambulantes tomam espaço no centro de São Luís

Os motoristas dos carros-lotação agem como se o serviço fosse regularizado, impondo seus preços de corrida e circulando em veículos sem segurança; camelôs vendem mercadorias em todo lugar, sem organização, às vezes em locais perigosos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Passageira toma o táxi-lotação sem nenhum constrangimento e o motorista também não disfarça que circula irregularmente
Passageira toma o táxi-lotação sem nenhum constrangimento e o motorista também não disfarça que circula irregularmente (Passageira)

Chega o fim do ano e o centro de São Luís vira um lu­gar em que descumprir a lei é fácil. Motoristas estacionam onde querem, ambulantes colocam suas barracas em qualquer lugar, o lixo fica exposto, e há tantas outras irregularidades que fica até mesmo difícil enumerar todas.

Mesmo irregulares, os táxis-lotação (chamados carrinhos) já fa­zem parte da rotina da capital, e na tentativa de pegar mais um passageiro, os motoristas acabam recorrendo a mais infrações: param em frente às paradas de ônibus, em locais onde há sinalização horizontal e vertical e até avisos indicando a possibilidade de o carro ser guinchado. Nem mesmo a presença dos agentes de trânsito inibe os condutores.

Uma situação corriqueira pode ser vista entre as praças Deodoro e Pantheon, no Centro. Os motoristas param seus carrinhos na faixa amarela, próximo à parada de ônibus por onde passam os coletivos que fazem linha para a área Itaqui-Bacanga, enquanto esperam passageiros. Mes­mo atrapalhando os ônibus, os carros continuam no local até com­pletar a lotação máxima.

Ainda no entorno das praças, os carrinhos que ficam ao lado do Liceu Maranhense também prejudicam o trânsito. Há uma placa indicando que é proibido parar e estacionar e a área é sujeita a guincho. Mas, assim como outros pontos, é ignorada.

De acordo com o Código de Trân­sito Brasileiro (CTB), a desobediência à faixa amarela é considerada infração média, com perda de quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,13. Cabe ainda, como medida administrativa, a remoção de veículo.

Em locais onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido entre 10 metros antes e depois do marco do ponto, estacionar é considerado uma infração média, cabendo multa e remoção do veículo.

Rua Grande

Descendo um pouco mais, até o principal centro comercial da cidade, a Rua Grande, as irregularidade se multiplicam. A começar com a presença indiscriminada de vendedores ambulantes nas calçadas. São tantos, e dos mais variados tipos, que eles chegam a tomar conta do espaço inteiro e impedem a circulação de consumidores. Pior para os comerciantes, que veem a frente das lojas tomada por mercadorias que não são as suas.

O diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, José Terceiro, ressalta que há muito tempo os agentes da Blitz Urbana deixaram de visitar a Rua Grande, o que só piorou a situação e hoje o negócio só não desandou de vez, porque a Polícia Militar (PM) ainda tem feito rondas pela região e garantido a segurança.

“Falta ação do poder público e gestão do prefeito, que deixa o comércio da Rua Grande à mercê da própria sorte”, afirmou Terceiro.
Segundo conta, andar pela via, agora no fim do ano, é um exercício de fôlego e força, não apenas pela quantidade pessoas que estão realizando compras, mas pela falta de organização e fiscalização. “Carros, motos, bicicletas, camelôs. É um caos generalizado. Isso mais parece um mercado persa”, ressaltou.

Segurança
O fluxo normal é de cerca de 100 mil pessoas por dia na Rua Grande, mas no mês de dezembro, e ainda mais perto do Natal, a tendência é de que o número de pessoas circulando pela região aumente.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) já informou que estão intensificadas as ações no comércio em São Luís. Durante o Natal, o trabalho vai ser intensificado mais ainda. Fora isso, a segurança na área do centro comercial é feita constantemente com policiais a pé, em viaturas e motocicletas do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Batalhão Tiradentes e Companhia de Polícia Militar de Turismo Independente (CPTur). l

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