O Governo do Estado da Bahia emitiu hoje um alerta epidemiológico para as unidades de saúde de Salvador, por causa da ocorrência de casos suspeitos de uma possível variante da doença mialgia epidêmica. Com a chegada do período de férias, a preocupação é de que turistas possam sofrer da doença e disseminá-la em seus estados.
Há suspeita é de que a doença, que já é chamada por muitos de "doença misteriosa", esteja sendo provocada pela ingestão de peixe, uma vez que os pacientes relataram ter consumido peixes, como Badejo e Olho de Boi, além de outros relatos de peixes comprados em Guarajuba, no litoral norte baiano.
No entanto, especialistas tem trabalhado com duas hipóteses para a doença e uma delas é a de que seja causada por um agente transmissor, embora não saibam qual. Outra hipótese é de que se trataria da Síndrome de Raff – doença que já teve casos registrados no norte do país, causada pela toxina de uma alga, que é ingerida por peixes de água doce.
Pelo menos nove casos suspeitos foram registrados no dia 14, em uma unidade hospitalar de Salvador.
Nos dias 2 e 10 de dezembro, as pessoas chegaram ao hospital apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas. Todos os pacientes apresentaram elevações significativas das enzimas musculares, sem febre, artralgia ou cefaléia.
A doença apresentou rápida disseminação entre os familiares, o que sugere que a transmissão ocorra por meio de contato ou gotículas. Sendo o quadro clínico apresentado compatível com uma variante da Síndrome de Mialgia Epidêmica.
SAIBA MAIS
Sobre a doença
A mialgia epidêmica também é conhecida como Doença de Bornholm. A dor muscular é causada por uma infecção viral e afeta a parte superior do abdômen e do tórax inferior. A dor é caracterizada como espasmódica e desenvolve-se de repente, piorando a cada movimento e respiração profunda, causando falta de ar para o indivíduo afetado (no surto em questão os casos não apresentaram comprometimento respiratório). Por vezes provoca dor abdominal, febre, dor de cabeça, dor de garganta e dores musculares. A transmissão ocorre por meio fecal-oral ou, menos comumente, de pessoa-pessoa, através de gotículas ou objetos contaminados.
Prevenção
·Orientação à população quanto aos modos de transmissão
·Cuidados com a higiene dos objetos e lavagem das mãos
·Indivíduo com suspeita de infecção não deve circular em ambientes públicos e fechados
Saiba Mais
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