Rebanho

Campanha contra aftosa tem baixa cobertura no MA

Até dia 15, no encerramento da 2ª etapa, somente 70,24% do rebanho haviam sido imunizados; meta mínima exigida é de 90%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h42
Francisco Saraiva garante que a greve não prejudicou campanha
Francisco Saraiva garante que a greve não prejudicou campanha (Aftosa)

Informações obtidas com exclusividade por O Estado mostram que mesmo com a prorrogação da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa por mais 15 dias no Maranhão, prazo encerrado na quinta-feira, 15, o índice de cobertura alcançado foi de 70,27%. A meta mínima de cobertura exigida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de 90%.

Isso significa que no período de 1º de novembro, início da campanha de vacinação, até dia 15 de dezembro, do rebanho total de 7.505.346 bovinos e bubalinos no Maranhão, foram imunizados 5.274.125 animais.

Os índices mais baixos de cobertura vacinal são registrados nas Regionais de Viana (44,16%), Bacabal (44,54%) e Rosário (40,84%). Já os melhores resultados, apurados nas Regionais de Açailândia (85,48%), Balsas (80,60%), São Luís (80,16%) e Pedreiras (80,09%).

Para se alcançar a cobertura mínima de 90% exigida pelo ministério, a Aged tem que garantir a imunização de pelo menos mais 1,5 milhão de animais, sob o risco de o Maranhão perder o status internacional de zona livre da aftosa com vacinação, avanço que foi alcançado com muito trabalho pelo governo anterior em parceria com os criadores.

A campanha de vacinação contra a aftosa seria encerrada oficialmente dia 30 de novembro, mas em documento encaminhado ao Mapa, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) solicitou a prorrogação por mais 15 dias, alegando seca e outros obstáculos climáticos, além da greve dos fiscais agropecuários.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Fiscalização Agropecuária do Estado do Maranhão (Sinfa), Francisco Saraiva da Silva Júnior, disse que não procede a alegação da Aged de que a greve da categoria afetou a campanha de vacinação contra a aftosa.

Ele afirmou que após dois anos do governo Flávio Dino, houve um retrocesso na estrutura do órgão, que passa por um processo de sucateamento, com unidades funcionando sem oferecer a mínima condição de trabalho aos funcionários. Além do que o Sinfa tem cobrado concurso público que foi prometido pelo Governo do Estado.

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