SÃO LUÍS - Um levantamento realizado pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CeSec), em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e divulgado nesta terça-feira (6), aponta que o Maranhão tem a 7ª pior proporção de promotores e procuradores por habitantes no país. O levantamento, chamado Ministério Público: Guardião da democracia? mostrou, ainda, que o órgão é elitista e não prioriza atribuições básicas no Brasil.
Dados relevam que o estado tem 4,80 profissionais do setor para cada 100 mil habitantes. O Maranhão só ficou na frente dos estados da Bahia (3,5), Pará (4,2), Amazonas (4,2), Pernambuco (4,5), São Paulo (4,60) e Alagoas (4,7). A maior proporção é no Distrito Federal, com 13 promotores e procuradores para cada 100 mil habitantes.
A pesquisa ouviu 899 promotores e procuradores de um universo de 12.326 membros das procuradorias federal e estaduais existentes no Brasil em 2015. Os entrevistados responderam a um questionário colocado à disposição dos membros do MP no site do CNMP, entre fevereiro de 2015 e fevereiro de 2016.
O estudou mostrou que o órgão é elitista, engajado no combate à corrupção, mas pouco comprometido com suas atribuições fundamentais e exclusivas, tais como controle externo das polícias, defesa de direitos coletivos e supervisão da pena de prisão.
Números apontam que 70% dos promotores e procuradores do país são homens e 76%, brancos. Na população brasileira, de acordo com o Censo 2010, esses índices são, respectivamente, 48% e 50%. Além disso, 60% dos pais e 47% das mães dos entrevistados tinham curso superior –na população brasileira, apenas 9% daqueles com 50 anos ou mais têm formação em nível universitário.
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