Cinema

Mostra leva clássicos de Godard para a tela do Cine Praia Grande

Sessões ocorrem nesta segunda-feira (5), às 18h30, com exibição de “Je Vous Salue, Marie”; na quarta, (7), às 18h30 será a vez de “Uma Mulher e Uma Mulher”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
(Godard)

O Cine Praia grande promove até quarta-feira (7) a mostra Jean-Luc Godard, dedicada a um dos maiores expoentes da Nouvelle Vague francesa. Os filmes escolhidos são um recorte da extensa carreira do cineasta e as cópias são restauradas em alta definição. Os ingressos custam R$ 6,00 e todos os filmes são legendados.

Nesta segunda-feira (5), às 18h30 será exibido “Je Vous Salue, Marie”. Na quarta, (7), em sessão às 18h30, “Uma Mulher e Uma Mulher”. A mostra teve início dia 1º, quando foi exibido o filme “O Desprezo”. Compôs ainda a mostra “Acossado”, apresentado dia 2.

“Je vous salue, Marie” (Eu Vos Saúdo, Maria) é um filme franco-suiço e foi lançado em 1985. Duas histórias paralelas são organizadas no filme para mostrar a difícil convivência entre corpo e espírito: a primeira é a de Maria (Myriem Roussel) uma menina estudante, que trabalha no posto de gasolina do seu pai, e de José (Thierry Rode) é um jovem que trabalha de taxista. Ao saber da gravidez de sua namorada, José a acusa de traição e quer se separar. Mas o anjo Gabriel tenta convencer o rapaz a aceitar a gravidez e enfrentar os planos divinos com Maria. A segunda história é a de um professor de ciências que estuda a origem da vida e que tem um caso com uma de suas alunas. O filme foi proibido no Brasil e vários outros países à época de seu lançamento.

Outro filme da mostra é “Uma Mulher é uma Mulher” é um dos primeiros filmes do diretor e traz algumas das características marcantes como cortes abruptos, narração em off e personagens falando com a audiência para contar a história de uma simpática e contraditória mulher chamada Angela (Anna Karina) que trabalha num clube de striptease quer ter um filho com seu namorado Émile (Jean-Claude Brialy). Como ele não quer ser pai, sugere para seu melhor amigo, Alfred (Jean-Paul Belmondo) que engravide sua namorada.

O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard tem mais de 12o obras, entre longas, médias e curtas-metragens, séries televisivas, filmes publicitários e vídeo-cartas. Godard passou a infância e juventude na Suíça. Em 1952, tornou-se colaborador da revista francesa Cahiers du Cinéma e, durante este período, realizou cinco curtas-metragens.

No final da década de 1950, com François Truffaut e Claude Chabrol, Godard formou o triunvirato central da Nouvelle Vague, movimento cinematográfico francês que mudou a história do cinema. Em “Acossado” (1959), seu primeiro longa-metragem, é possível observar procedimentos fundamentais para toda sua obra, como a desconstrução do enredo tradicional.

Ao final da década de 1960, com o intelectual Jean-Pierre Gorin, fundou então o grupo Dziga Vertov. O coletivo realizou, entre outras obras, “Vento do Leste” (1969), “Lutas Ideológicas na Itália” (1970) e “Vladimir e Rosa” (1970).

“Salve-se Quem Puder (A Vida)” (1979) marcou o retorno de Godard para ficção narrativa e o cinema. A partir de então, o cineasta realizou filmes como “Carmen de Godard” (1983) e o polêmico “Je vous Salue, Marie”.

A partir de 1988, a produção de Godard ganhou um caráter mais retrospectivo. A fase culminou em “História(s) do Cinema”, obra em oito capítulos, que reflete a história do cinema através de seu próprio meio.

Em 2010, lançou o longa “Filme Socialismo” e, em 2014, “Adeus à Linguagem”, obra que trabalha o 3D de maneira original, não só em relação aos seus filmes anteriores como a todo o cinema que o precede.

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