Estado Maior

No olho do furacão

O deputado federal maranhense Weverton Rocha (PDT) abriu a guarda para ataques nacionais ao apresentar emenda que estabelece penas mais duras para juízes e membros o dMinistério Público que forem pegos em crimes.

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

O deputado federal maranhense Weverton Rocha (PDT) abriu a guarda para ataques nacionais ao apresentar emenda que estabelece penas mais duras para juízes e membros o dMinistério Público que forem pegos em crimes. Com seu gesto, ele comprou briga com dois segmentos poderosos, e que costumam reagir com firmeza às investidas contra suas prerrogativas.

Por trás da polêmica levantada por Rocha, está uma questão crucial: a distinção entre o cidadão comum e os membros do Judiciário e do Ministério Público. É um debate histórico e ruidoso.
Juízes e promotores não podem ser processados até que se encerrem contra eles os processos administrativos por eventuais falhas em suas condutas. E para estas falhas, o órgão de julgamento são os conselhos nacionais - CNJ, no caso dos magistrados, e CNMP, para os representantes do Ministério Público - e a pena mais severa é uma aposentadoria compulsória.
Para efeito de estatística, o Conselho Nacional de Justiça julgou, em 11 anos, oito magistrados maranhenses, entre juízes e desembargadores. Dois deles foram advertidos com censura ou postos em disponibilidade. Os demais, que se envolveram em casos de corrupção, como venda de sentença ou favorecimento de partes em julgamento, foram condenados à pena máxima: aposentadoria, com salário integral, hoje na casa dos 25 mil.
A emenda de Weverton Rocha aponta que, nestes casos, os condenados - como as pessoas comuns - poderiam ser condenados à prisão, além da perda do cargo e seus benefícios. Mas o debate, como se disse, é ruidoso. E quem o protagoniza, como Rocha, entra no olho de um furacão.

Ninguém tasca
Nos últimos 15 dias, o governo Flávio Dino (PCdoB) recebeu quase R$ 700 milhões extras, para ser aplicado no que quisesse.
Também conseguiu aprovar na Assembleia mais um empréstimo, agora no valor de R$ 450 milhões.
Mesmo assim, o governador comunista reuniu os prefeitos do partido, ontem, para informar que não tem dinheiro disponível.

Nem aí
Prefeito eleito pelo PCdoB, o médico Hilton Gonçalo, de Santa Rita, deu mais uma mostra de que não deverá continuar na relação de prefeitos comunistas.
Ele simplesmente ignorou o chamado de Flávio Dino para o encontro do partido, na manhã de ontem.
Preferiu ir a Brasília, em busca de recursos e projetos para o município que voltará a administrar a partir de janeiro.

Paliativos
A Prefeitura de São Luís divulgou ontem na mídia alinhada que prestou homenagem ao Chapecoense quando emitiu nota de pesar e por iluminar a ponte do São Francisco de Verde,
Também relatou que o maranhense Ananias, morto na tragédia que levou toda a delegação do time foi descoberto em um projeto mantido pela Secretaria Municipal de Esporte.
As informações divulgadas não apresentaram, no entanto, nenhuma ação da prefeitura para o caso de Ananias ser trazido para ser enterrado em São Luís.

Chapéu alheio
O governador Flávio Dino vai colher os frutos de mais uma ação da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) no comando do estado.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) reconheceu os avanços nos setores de Saúde e de Educação, e entregará certificado ao governo maranhense.
Dino tem administrado o Maranhão com base em frutos deixados por Roseana, desde as finanças enxutas até o programa-base de infraestrutura em todo o estado.

Dou um jeito
O deputado federal Weverton Rocha (PDT) foi o centro das atenções, ontem, durante evento de Flávio Dino (PCdoB) com prefeitos eleitos e reeleitos, em São Luís.
A emenda que estabelece crime de abuso de autoridade para juízes e MP e a “tomatada” que ele levou de um militante do MBL em Brasília foram os temas mais recorrentes.
Em clima de bom humor, em dado momento Weverton foi abordado pelo secretário Márcio Jerry (PCdoB), que apareceu socando o ar e dizendo: - Deixa comigo, deixa comigo.

Se for, será estadual
O secretario-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), confirmou ontem à coluna que pensa novamente em ser candidato, em 2018.
E já antecipou que sequer passa pela sua cabeça uma candidatura à Câmara Federal. Para ele, o caminho natural é ser novamente candidato a deputado estadual.
- Se eu for candidato, será a deputado estadual. Federal, nem pensar -, declarou.

E MAIS

• Apesar de governar com base no que foi deixado por Roseana, Flávio Dino se apresenta como pai da criança em todos os programas que entrega ou inaugura.

• O prefeito Edivaldo Júnior silenciou totalmente sobre as denúncias relacionadas à Central de Marcação de Consultas.

• Ônibus entregues pelo Governo do Estado a prefeituras do interior continuam exposto ao sol e a chuva no pátio do Palácio Henrique de La Rocque, há mais de 60 dias.

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