Revolta popular

Polícia afirma que foragido corre risco de ser linchado

Elias Alves, o Coyote, é acusado de ter esquartejado e queimado viva Rayssa Melo Diniz; outros dois acusados já apareceram mortos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

O foragido Elias Fernando Bandeira Alves, Coyote, de 28 anos, acusado de ter esquartejado e queimado viva Rayssa Melo Diniz, de 17 anos, corre sério risco ser assassinado por populares revoltados com o crime, informou a polícia. No sábado, dois envolvidos no caso, Ivanilson Costa Ramos, Rugal (18), e Márcio Rogério Silva Maranhão Júnior, Marcinho (20), foram encontrados mortos dentro de uma casa na Vila Isabel Cafeteira. A menor foi encontrada morta dentro de um bueiro, no Alto da Esperança, no dia 18.

“Coyote na rua está correndo risco de morte, no momento, a melhor opção é se entregar para a polícia”, afirmou o delegado do 5º Distrito Policial, Walter Wanderley, que coordena a investigação. A Central de Inquérito já expediu o mandato de prisão contra o criminoso e a equipe da delegacia está realizando buscas em companhia de guarnições da Polícia Militar na capital com o objetivo de dar cumprimento a essa ordem judicial.

Segundo Walter Wanderley, somente Coyote continua foragido, pois os outros envolvidos já foram apresentados no distrito policial. Um dos primeiros a ser localizado foi o adolescente, de 15 anos, no último dia 19, no Alto da Esperança. O segundo suspeito a ser preso foi Miquéias Augusto Oliveira Silva, o Mil Grau, de 19 anos, na sexta-feira, 25.

Acusados

Mil Grau foi levado pela mãe e um pastor de uma igreja evangélica, que é ex-policial civil, até a sede da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), no Centro, e apresentado ao delegado Arthur Benazzi. Depois foi transferido para o 5º Distrito Policial, no Anjo da Guarda. Ele já tinha sido preso no ano de 2004 pelo crime de roubo e no mês de junho deste ano passou a cumprir prisão domiciliar.

No sábado, Ivanilson Costa e Márcio Silva foram mortos a tiros e a golpes de faca dentro de uma casa na Vila Isabel Cafeteira, onde se escondiam da polícia. O delegado declarou que na sexta-feira, 25, disse que eles deveriam se entregar na delegacia e provavelmente esse duplo homicídio tem ligação com o assassinato de Rayssa Diniz, mas o caso está sendo investigado.

Os dois criminosos tinham deixado o Complexo Penitenciário de Pedrinhas no mês de setembro deste ano, onde respondiam por roubo. Ivanilson Costa é filho de Elisângela Costa Lopes, Lili do Pó, que cumpre pena em Pedrinhas por tráfico de entorpecente. Ele também era um dos acusados pela morte do comerciante Hélio Soares, ocorrido no mês de agosto de 2016.

Entenda o caso

Segundo o delegado Walter Wanderley, Rayssa Melo teria furtado uma bolsa contendo droga e dinheiro que pertencia a Mil Grau, no começo deste mês, em uma festa realizada por uma facção criminosa, no Alto da Esperança, e devido a isso acabou perdendo a vida.

No dia do crime, Elias Fernando teria atraído a vítima para a sua casa, no Alto da Esperança, onde consumiram droga. Em seguida, ela foi agredida fisicamente por ele e levada até um tanque, que estava em uma área de mangue, onde teria sido esquartejada. Eles ainda jogaram galhos de árvore e atearam fogo na vítima. O corpo da adolescente foi jogado dentro de um bueiro.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.