Diversas entidades se reuniram para a formação de uma rede para o enfretamento da violência contra as crianças e com esse objetivo surgiu o Projeto Cuidar, cujo lançamento oficial aconteceu na manhã de ontem, no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, no campus do Bacanga da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís.
Idealizado pela Defensoria Pública Estadual (DPE), por meio do Núcleo de Direitos Humanos (NDH), o projeto se configura como um instrumento de mobilização social voltado para o segmento da chamada primeira infância (até 6 anos) para proteger esse público. Antes do lançamento oficial do projeto foram realizadas palestras, exibidos vídeos, promovidos diálogos e discutidas estratégias de fortalecimento do Marco Legal da Primeira Infância, Projeto de Lei 14/2015 recentemente aprovado pelo Congresso Nacional, que determina uma série de ações para crianças desde o nascimento até os seis anos de idade.
As pessoas precisam entender que a primeira infância é uma das pautas mais importantes para o futuro da humanidade. Sem cuidar e sem o afeto a criança não se desenvolve em um ambiente adequado”Jean Carlos Nunes Pereira, defensor público responsável pelo Núcleo de Direito Humanos da DPE
Importância
De acordo com o defensor público Jean Carlos Nunes Pereira, responsável pelo NDH, o Projeto Cuidar surgiu com uma perspectiva de educação, mas com o passar do tempo foi crescendo e atingindo outras proporções e, inclusive, será desenvolvido também no interior do estado.
“Esse projeto começou com uma perspectiva de educação e direitos, mas diversas instituições aderiram, e ele se transformou em mobilização e intervenção social. Ele prossegue com um conjunto de atividades integradas e depois nós vamos avaliar e expandir para as regionais de Santa Inês, Imperatriz e Timon”, disse.
Durante a primeira infância, que é o principal objetivo do Projeto Cuidar, ocorrem processos fundamentais ao desenvolvimento integral de qualquer pessoa, como o amadurecimento do cérebro, a aquisição dos movimentos, o desenvolvimento da capacidade de aprendizado, a iniciação social e afetiva, entre outros.
Desde muito pequenas, entre pares, família, pessoas da comunidade, da escola, assistindo a produções dos diferentes meios de comunicação, as crianças são capazes de estabelecer múltiplas relações, construir saberes, reproduzir e criar modos de viver e de pensar o mundo.
“A ideia é levar a sociedade a refletir sobre os cuidados da primeira infância que traz muitos resultados positivos”, destacou Janicelma Fernandes, que é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA).
SAIBA MAIS
O projeto tem como embaixadores instituições como: a Unicef; PlanInternacional; secretarias estaduais e municipais de Educação, Saúde e Assistência Social; Procon; Ministério Público do Estado; Pastoral da Criança; Defensoria Pública da União; OAB/MA; Rede Amiga da Criança; Federação Espírita do Maranhão; Faculdade Pitágoras; Uema; UFMA; Hospital Materno Infantil; Fórum Estadual de Educação Infantil; Conselhos Tutelares de São Luís; Conselhos Estadual e Municipal de Direitos das Criança e do Adolescente; e das escolas comunitárias
da capital.
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