Sem lanche

Falta de merenda faz estudantes do Sá Valle protestarem na rua

Há uma semana o lanche foi suspenso; na véspera da manifestação os estudantes merendaram um pedaço de melancia; eles reclamaram também da situação precária da unidade de ensino, no Anil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Estudantes da Unidade de Educação Básica (UEB) Professor Sá Valle, no Anil, protestaram contra a falta de merenda escolar. Eles saíram em passeata pela Rua da Companhia, onde fica localizada a escola, e fecharam o cruzamento com a Rua 25 de Dezembro, impedindo a passagem dos veículos. Durante a manifestação, os estudantes reclamaram também da estrutura do prédio em que funciona a escola. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), a alimentação dos alunos está garantida e a escola será reformada.

Durante o protesto, alguns estudantes chegaram a dar socos, chutes, jogar pedras e galhos de árvores nos ônibus que trafegavam pelo local, tentando passar pelo cruzamento da Rua 25 de Dezembro e Da Companhia. Durante alguns minutos o tráfego ficou interditado, enquanto os estudantes gritavam: “Queremos lanche”.

A estudante Ana Karina Rocha da Silva, 14 anos, informou que o fornecimento da merenda escolar foi suspenso na semana passada. Ontem, foi servida merenda, mas os alunos lancharam apenas uma fatia de melancia. “Pararam de dar a merenda para a gente e não nos deram nenhuma informação. A gente chega à escola às 7h e sai quase meio-dia. Não temos como estudar com fome”, reclamou.

Mas, a falta de merenda escolar não é a única reclamação dos estudantes. Alice Rodrigues Neves, 14 anos, disse que faltam água e papel higiênico nos banheiros. “Os quadros que são usados nas salas de aula estão em péssimo estado, as mesas da cantina estão quebradas, falta material para os professores nos darem aula. A escola está em uma situação bem difícil”, contou.
Com problemas

A UEB Professor Sá Valle não é a única escola da rede municipal a ter problemas com a merenda escolar. Na sexta-feira, dia 18 deste mês, professores da rede municipal de ensino de São Luís denunciaram que algumas escolas da capital liberaram os alunos por falta de merenda. Em alguns centros de ensino houve drástica redução na quantidade de lanche, segundo os denunciantes.

O problema seria um impasse entre as merendeiras e uma empresa terceirizada. As escolas que tiveram de liberar os alunos foram UEB Maria Amélia Profeta, (Coroadinho), a UEB Rubem Almeida (Bequimão), a UEB Professor João de Souza Guimarães (Sol e Mar) e o anexo da UEB Jornalista Neiva Moreira (Bequimão).

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que as questões trabalhistas referentes às merendeiras estão sendo tratadas pela empresa responsável pelo serviço. A secretaria disse ainda que o fornecimento da alimentação escolar na rede municipal de ensino está garantido com gêneros alimentícios adquiridos de agricultores locais. Sobre a infraestrutura da escola, a Semed afirmou que a equipe técnica de engenharia da secretaria já fez o levantamento das demandas, e que a referida unidade de ensino já está inserida no cronograma de requalificação estrutural de escolas.

SAIBA MAIS

Segundo os denunciantes, o cardápio servido para os alunos, geralmente, é composto por arroz, com alguma proteína de acompanhamento, banana, mingau ou suco com biscoito. Entretanto, nos últimos dias, o lanche, quando é servido, é composto apenas por uma fatia de fruta.

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