Redução

Garis são demitidos e coleta e limpeza estão prejudicados

Demissão dos agentes de limpeza pública aconteceu poucos dias após o segundo turno da eleição municipal e foi confirmada pelo sindicato que representa a categoria; como consequência, serviços ficam prejudicados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

[e-s001]Foi só terminar o período eleitoral para que os diversos agentes de limpeza pública que atuavam por ruas e avenidas de São Luís, principalmente no trabalho de capina, fossem demitidos. A informação foi confirmada pelo sindicado que representa a categoria e a situação comprometeu diretamente as atividades de coleta e limpeza realizadas diariamente por esses profissionais em diversos bairros da cidade.

Conforme apurou O Estado, foram cerca de 250 agentes de limpeza pública demitidos logo nos primeiros dias de novembro, após o término da campanha de segundo turno para prefeito de São Luís, em que Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e Eduardo Braide (PMN) estavam disputando a chefia do Executivo municipal e que terminou com a reeleição do atual prefeito.

Os garis que foram demitidos atuavam principalmente no serviço de capina nos canteiros centrais das avenidas da cidade. Muitos dos que trabalhavam na coleta de lixo e também perderam seus empregos. Como consequência, as atividades prestadas pelos garis ficaram comprometidas na capital maranhense.

Redução
De acordo com Honésio Máximo Pereira, presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio, Conservação, Limpeza Pública de São Luís (SEEAC-MA), a contratação dos funcionários aconteceu alguns cerca de três meses antes da eleição. A empresa São Luís Engenharia Ambiental (SLEA) é a contratada pela Prefeitura de São Luís responsável pelo serviço de limpeza pública da cidade.

“Depois das eleições eles foram logo demitidos. A situação prejudicou a coleta, pois, de acordo com o acordo coletivo, deveriam ser três funcionários dentro de um caminhão e agora está sendo apenas dois. Além disso, a coleta não fica mais regular a um dia sim e outro não. Com a redução da quantidade de trabalhadores, ela fica irregular e um bairro pode ficar até uma semana sem a coleta, porque são poucos os trabalhadores”, disse.

[e-s001]Dessa forma, ainda de acordo com o líder sindicalista, além do serviço ter sido reduzido, os funcionários que ficaram estão sendo sobrecarregados, uma vez que precisam suprir a ausência daqueles trabalhadores que não estão mais empregados. “Os trabalhadores passam a ter uma jornada de 12 horas diárias em vez de oito”, destacou.

O presidente do sindicato teme ainda que outras demissões ocorram nos próximos dias. Por causa desse problema, ainda ontem ele enviaria um ofício para a presidente do Comitê Gestor de Limpeza Urbana, Caroline Estrela, a fim agendar uma reunião, ainda nesta semana, para discutir quais ações podem ser colocadas em prática para mudar essa realidade e evitar novas demissões. “Estamos muito preocupados com essa situação”, disse Honésio Máximo.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís em busca de um posicionamento sobre a situação dos agentes de limpeza e o que poderia ser feito para resolver o problema, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi obtida.

Números
250 é a quantidade
de trabalhadores da limpeza que foram demitidos
1.200 é a quantidade aproximada de agentes de limpeza pública que atuavam na cidade, de acordo com o SEEAC-MA

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.