Ocupações perdem força

Após desocupação do Cintra, aulas serão retomadas hoje

Informação foi confirmada a O Estado pela direção da unidade de ensino na tarde de ontem; apesar da retomada das atividades, manifestação dos estudantes continuará sendo feita no local

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Aulas no Cintra serão retomadas a partir de hoje, apesar da manifestação de alunos se manter no local
Aulas no Cintra serão retomadas a partir de hoje, apesar da manifestação de alunos se manter no local (Cintra)

Após 14 dias sem nenhuma atividade escolar, as aulas no Centro Integrado do Rio Anil (Cintra) serão retomadas hoje, 22. A informação foi confirmada a O Estado pela direção da unidade na tarde de ontem. Apesar da retomada das aulas, a manifestação dos estudantes – que ocuparam a escola no dia 8 deste mês, em protesto contra a PEC dos gastos públicos – permanecerá no local por tempo indeterminado.

Ainda segundo a direção do Cintra, a liberação do local foi possível graças a um acordo entre os representantes da unidade escolar e os líderes da União dos Estudantes Secundaristas do Maranhão (Uesma), que se intitula como organizadora da ocupação. “Nós nos sentamos como os estudantes e conseguimos viabilizar a liberação do espaço”, disse a professora Eva Alves de Morais, apontada pelos representantes da Uesma, como a nova diretora do Cintra.

Questionada sobre o motivo da demora na liberação no espaço, que se dará mesmo com a manutenção da ocupação, a diretora disse que a situação somente foi resolvida por meio do diálogo. “Somente foi possível a liberação, pois resolvemos sentar com os alunos e chegar a um consenso”, disse.

Vandalismo
O acesso de O Estado à parte interna do Cintra não foi permitido pela direção da escola e por representantes da Uesma. Eles alegaram que as salas de aula estavam sendo preparadas para receber os estudantes hoje e que, por causa dos serviços, a imprensa não teria acesso.

Nas redes sociais, desde a manhã de ontem (21), circulam fotos de possíveis atos de vandalismo feitos por ocupantes nas instalações do Cintra. Tanto a direção da unidade escolar como da Uesma negam o fato.

Por outro lado, as ocorrências de depredação foram confirmadas, em nota encaminhada a O Estado ontem pela Defensoria Pública do Estado (DPE). De acordo com a entidade, foram repassadas informações ou “relatos de violência e ameaças entre ocupantes e não ocupantes.

Até o fechamento desta página, a Seduc não informou sobre como serão repostas as aulas aos alunos do Cintra. A diretora da unidade afirmou que um cronograma sobre o tema seria elaborado. “Estamos pensando sobre o assunto”, disse Eva Alves.

SAIBA MAIS

A ocupação do Cintra começou a trazer danos ao cronograma de atividades da escola no dia 8 deste mês, quando estudantes foram surpreendidos pelos coupantes, com a impossibilidade de terem acesso à parte interna da escola. No mesmo dia, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) emitiu nota à imprensa em que negava qualquer ato de vandalismo. A pasta informou, na ocasião, que “considerava relevante a discussão do tema no ambiente escolar”.

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