crescimento da economia

Desvalorização do real será parte do "efeito Trump", prevê secretário

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, também comentou a eleição de Trump nesta segunda, no Rio de Janeiro

Agência Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuc, afirmou hoje (21) que um dos impactos para o Brasil da eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos deve ser a depreciação do câmbio, ou seja, a desvalorização do real frente ao dólar. O secretário disse ainda que, por enquanto, não está definido quais serão os efeitos do governo Trump sobre o crescimento da economia brasileira.

“Já houve um pouco desse movimento, de o real perder [valor] para o dólar. O impacto sobre o crescimento econômico [do Brasil] não é claro. A priori, o melhor cenário é que o câmbio vai estar mais desvalorizado e o crescimento se mantém da mesma forma”, disse, na entrevista coletiva em que anunciou piora das projeções do governo para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e 2017.

Para o secretário, a eleição de Trump criou uma “incerteza brutal”. “Ele falava muita coisa e a gente não sabe, exatamente, o que vai ser implementado”, comentou. No entanto, segundo Kanczuc, duas linhas básicas de efeitos podem ser antecipadas.

Uma delas é a redução - ou interrupção do crescimento - do comércio dos Estados Unidos com os demais países, o que prejudicaria o crescimento norte-americano. A outra é uma potencial compensação dessa redução, em razão dos investimentos em infraestrutura anunciados por Trump.

Este segundo efeito poderia contribuir para aumentar os preços do minério de ferro, commodity exportada pelo Brasil. Assim, a desvalorização do real também poderia ser atenuada.

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, também comentou a eleição de Trump nesta segunda, no Rio de Janeiro. Ele disse que o resultado trouxe mais um elemento de incerteza para os mercados. Segundo Goldfajn, no entanto, o BC monitora de perto o desenvolvimento dos mercados internacionais para não permitir efeitos dos “choques externos” na estabilidade macroeconômica.

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