Desligamento

Operação da Cemar desfaz gambiarras

Foram encontrados e retirados cinco pontos com irregularidade; durante a atividade também foram removidas fiações e tomadas irregulares

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43
Técnicos da Cemar sobem em escada para desligar gambiarras instaladas na área da Praça Deodoro
Técnicos da Cemar sobem em escada para desligar gambiarras instaladas na área da Praça Deodoro (Cemar)

Durante operação realizada na tarde de ontem na Praça Deodoro, em São Luís, equipes da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) detectaram e desligaram pontos de furto de energia elétrica, conhecidos popularmente como gambiarras. No total, cinco pontos que eram usados por comerciantes ambulantes, foram retirados.

Os flagrantes de irregularidade observados pelos técnicos da Cemar na tarde de ontem representavam situação de risco. Durante a atividade também foram removidas fiações e tomadas irregulares encontradas na região.

Não foram aplicadas punições, pois não havia responsáveis no local durante a atividade. A Cemar informou ainda que diariamente as equipes atuam no combate a perdas, para evitar que essa situação traga mais prejuízos.

Prejuízos
Durante o primeiro semestre de 2016, a Cemar realizou mais de 97 mil ações de inspeções no Estado e foram detectadas mais de 35 mil unidades consumidoras com irregularidades no medidor de energia por ação humana (fraudes) e nas ligações elétricas (desvios), caracterizando, inclusive, uma deficiência técnica relacionada à segurança das instalações.

Foram detectadas ainda mais de 5,1 mil ligações clandestinas (ligações elétricas feitas à revelia da Cemar em áreas com rede elétrica padronizada).
De acordo com a Cemar, 12,62% da energia elétrica comprada de geradoras (em torno de 7,1TWh/Ano) - e destinada a 2 milhões de pessoas em todo o Maranhão - é furtada, ocasionando perda de faturamento de R$ 264 milhões por ano para a companhia.

Segundo dados da companhia, a energia furtada, consumida e não faturada, representa uma perda anual de receita para o estado de mais de R$ 43,4 milhões de reais, recursos que, segundo a Companhia, poderiam estar sendo revertidos em benefícios importantes para a população nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Com o furto de energia, ocorre também a sonegação de impostos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), a CIP (Contribuição para custeio da Iluminação Pública) o PIS (Programa de Integração Social) e o Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), que vêm inclusos nas contas de energia elétrica e cujos recursos arrecadados são repassados aos governos Federal, Estadual e Municipal.

As fraudes (adulterações de equipamentos de medição) e desvios (circuitos que alimentam as cargas/equipamentos eletro eletrônicos, sem passar pelos medidores) são práticas adotadas por consumidores com contratos regulares com a Companhia que, por meio de condutas ilícitas, buscam artifícios para reduzir parte da energia consumida. Essa ação criminosa é passível de punições legais, prevista no Artigo 155, parágrafos terceiro e quarto do Código Penal Brasileiro (inclusive com pena de um a oito anos de reclusão) e multa.

SAIBA MAIS

De acordo com a Cemar, o furto de energia é encontrado na maioria dos municípios do estado e nas diversas classes de consumo, como residencial, comercial, rural e industrial. E essa situação independe de classe social ou mesmo de religião.

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