Câmara Federal

Manifestantes invadem Câmara e pedem militares no comando do país

Em meio a quebra-quebra, cerca de 60 pessoas tomaram o entorno da mesa Diretora durante a sessão que estava sendo presidida pelo deputado Waldir Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

BRASÍLIA - O Plenário da Câmara dos Deputados foi invadido ontem por, no momento em que os deputados discursavam à espera de quórum para o início da Ordem do Dia da sessão extraordinária. Os invasores pregaram intervenção militar no país. Somente no final da tarde, após o presidente da Casa, Rodrigo Mais (DEM-RJ) determinar a prisão dos envolvidos, eles foram retirados pelas polícias Federal e Legislativa.

Durante a invasão, a sessão estava sendo presidida pelo 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA). Ele suspendeu os trabalhos e pediu à polícia legislativa que ajudasse na remoção dos manifestantes. Cinco manifestantes foram detidos.

Cerca de 60 pessoas tomaram o entorno da mesa de onde os membros da Mesa Diretora comandam os trabalhos. Eles afirmam que não fazem parte de um movimento específico, e defendem a intervenção militar no país.

Alguns deles, na área dos lugares dos parlamentares, entraram em conflito com os policiais legislativos. Os manifestantes começaram a gritar palavras de ordem contra a corrupção no poder público e cantaram o hino nacional. Eles ainda gritaram o nome do juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, e pediram um "general aqui".

Uma porta de vidro foi quebrada durante a invasão. Houve feridos no local. Além disso, a imprensa foi expulsa e o deputado Beto Mansur (PRB-SP) tentou negociar a saída das pessoas do local. Os manifestantes afirmam que querem a intervenção porque "os deputados federais estão implantando o comunismo no Brasil."

Alguns deputados conversaram com os manifestantes e tentaram negociar uma saída deles do local. O vice-líder do PMDB, deputado Darcísio Perondi (RS), disse que os manifestantes apresentaram uma pauta de reivindicações, em que pedem fim dos supersalários, fim da corrupção, intervenção militar e a vinda de um general para negociar a saída deles do plenário. Eles se denominam integrantes de um grupo chamado Intervencionistas. A mobilização foi feita por meio das redes sociais.

Segundo o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a polícia legislativa pediu aos parlamentares que deixassem o plenário por segurança, pois há informação de que alguns manifestantes estariam armados. O deputado disse que a bandeira do Brasil, que fica no plenário, foi retirada e jogada no chão.

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Os manifestantes entraram no Salão Verde como visitantes. Eles quebraram a porta de vidro, empurraram os três seguranças, que estavam na porta do local, e entraram no plenário gritando palavras de ordem como: "Viva Sergio Moro", "Nossa bandeira nunca será vermelha". Um segurança ficou ferido. Não há informações se manifestantes ficaram feridos. A Polícia Legislativa retirou todos os jornalistas do plenário e das galerias alegando questões de segurança. Os profissionais estão no Salão Verde, do lado de fora do plenário, onde também há manifestantes e curiosos.

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