Compras

Movimento é fraco no feriado no comércio de São Luís

Vendedores ambulantes aproveitaram para oferecer suas mercadorias nas calçadas de lojas fechadas; algumas pessoas optaram por fazer compras com tranquilidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

[e-s001]No feriado da Proclamação da República, as lojas da Rua Grande, no centro de São Luís, abriram as portas até as 14h. Em meio à crise econômica vivida no país, o movimento de consumidores acabou sendo tímido. Apesar disso, lojistas estão otimistas com as vendas de fim de ano e acreditam que deve haver uma pequena melhora no mês de dezembro. Para o consumidor o momento é de cautela e de pesquisa de preços e produtos, já que 2016 deverá ser o ano do Natal das lembrancinhas.

Um acordo entre as entidades que representam os lojistas e os comerciários possibilitou a abertura das lojas até as 14h. O acordo está previsto na Convenção Coletiva, firmada entre trabalhadores e patrões.
Caso optem em abrir suas lojas em feriados, os comerciantes têm que pagar R$ 40,00 pelo dia trabalhado mais horas com o adicional de 100%. Ao longo da manhã de ontem, nem todos os comerciantes abriram suas portas.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), Fábio Ribeiro, que também abriu a loja no feriado, adiantou que o Natal 2016 não será como o dos anos anteriores. “Na verdade, este ano todas as datas comemorativas que tradicionalmente impulsionam nas vendas foram abaixo do esperado, mas a gente já percebe uma mudança na curva de vendas. É uma mudança muito pequena, mas o Natal, como tem o apelo da família, da sentimentalidade, deve ser um pouco melhor, sim”, afirmou.

Sem otimismo
Mas nem todos os lojistas estão otimistas com as vendas para o fim do ano. “Não valeu a pena trabalhar no feriado. Além do feriado ser prolongado para muita gente, que acabou viajando, alguns ainda nem receberam seus 13º salários, inibindo ainda mais a busca pelas compras”, disse Maria Fernanda Oliveira, vendedora de uma loja de bijuterias.

[e-s001]O feriado da Proclamação da República também não trouxe bons resultados para o comércio informal. Com poucas lojas abertas e poucas pessoas frequentando a Rua Grande, muitos vendedores ambulantes aproveitaram para expor suas mercadorias nas calçadas em busca de melhorar as vendas. “O fluxo de clientes está bem ruim. Acredito que muita gente tenha viajado”, disse o ambulante Pedro de Sousa, que optou por encerrar o expediente mais cedo e ir descansar.

Porém, enquanto alguns comerciantes reclamaram das vendas, alguns poucos consumidores aproveitaram a tranquilidade das lojas para pesquisar preços e adiantar as compras de Natal. Foi o caso da professora Edvirges Margarida da Silva. “Acho que feriado é feriado, e tem de respeitar. Mas já que as lojas estavam abertas vim pesquisar os preços de alguns produtos que vou comprar com parte do meu 13º salário. A ordem este ano é economizar”, comentou.

A professora Sônia Martins se animou a aproveitar o feriado para ir ao Centro com a mãe e o filho comprar um celular. “Gosto de vir fazer compras nos feriados por causa do sossego. É fácil inclusive para estacionar. Mas tem muita gente preferindo economizar mesmo, por isso, está tão calma e vazia a Rua Grande”, ressaltou.

O presidente da CDL frisou sobre a importância de buscar alternativas constantes para tentar minimizar os prejuízos diante das dificuldades da economia em 2016. “Estamos orientando que os lojistas melhorem a gestão dos seus estoques, evitando comprar além do que a demanda têm demonstrado para que os produtos não fiquem encalhados. É saber como investir neste momento para atrair clientes e melhorar as vendas”, comentou Fábio Ribeiro.

SAIBA MAIS

Levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), indica que pelo menos 7 em cada 10 consumidores ludovicenses estão dispostos a ir às compras em função do Natal deste ano na capital maranhense. A pesquisa revelou que 72,7% dos consumidores pretendem comprar pelo menos um produto para presentear neste final ano. Apesar do índice expressivo, na comparação com o mesmo período do ano passado os dados indicam para uma retração no consumo, apresentando redução de
-8,09% nas intenções de compras.

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