Escuta ou não escuta?

Um quarto da população em São Luís tem algum problema de surdez

Dado é do Conselho Regional de Fonoaudiologia 8ª Região do Maranhão. Trabalho de conscientização sobre os malefícios para a audição foi feito ontem na UFMA

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Dados do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 8ª Região do Maranhão apontam que aproximadamente 256 mil pessoas em São Luís - equivalente a um quarto da população local - possuem algum problema auditivo. Por isso, na tarde de ontem - Dia Nacional de Combate e Prevenção da Surdez -, especialistas no assunto promoveram no Campus Dom Delgado, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - uma uma ação de conscientização aos funcionários da unidade de ensino superior.

Durante a ação, que constou da entrega de cartilhas, os servidores receberam informações sobre como evitar problemas auditivos. Em alguns departamentos da UFMA, as fonoaudiólogas usaram um decibelímetro (aparelho usado para medir o índice de decibéis de um ambiente) para saber se o local de trabalho estava condizente com as recomendações de som.

Em uma oficina da Prefeitura de Campus da UFMA, o decibelímetro calculou 106 decibéis, índice considerado fora dos padrões aceitáveis. “ O ambiente aceitável para se trabalhar deve ter um barulho de até oitenta decibéis. Este seria o limite. Qualquer trabalhador em um local assim tende a ter problemas de surdez”, disse a fonoaudióloga Ana Karoline Dutra, representante do Comitê Regional de Fonoaudiologia.

Em outro ambiente, também no campus da UFMA, o decibelímetro calculou 61 decibéis. “ Considerando a dimensão da sala e o aparelho de ar condicionado, responsável pelo barulho neste ambiente, o local deveria apresentar até 50 decibéis”, observou a fonoaudióloga Joseilma Garrido, integrante do Serviço de Proteção e Qualidade de Vida da UFMA.

O marceneiro Filomeno de Araújo Carvalho, que trabalha na Prefeitura de Campus, contou que por atuar na função há mais de 20 anos tem dificuldade para escutar no ouvido esquerdo. Ele disse que procura ajuda médica todos os anos. “O recomendável é que as pessoas se consultem para saber se tem problemas auditivos pelo menos uma vez por ano”, disse Ana Karoline Dutra.

Outros dados

No mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 400 milhões de pessoas sofrem de perda auditiva. Destas pessoas, quase 38% estão acima dos 65 anos de idade. De acordo com o Conselho Regional de Fonoaudiologia do Maranhão, nos últimos anos houve um aumento considerável no número de casos de crianças e adolescentes com problemas auditivos.

Números

- 256 mil é o número de pessoas com problemas auditivos em SL

- 15 milhões de pessoas no Brasil possuem alguma deficiência auditiva

Fonte: Conselho Regional de Fonoaudiologia da 8ª Região do Maranhão

O recomendável é que as pessoas se consultem para saber se tem problemas auditivos pelo menos uma vez por ano”Ana Karoline Dutra - Fonoaudióloga

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