Transtornos

Obra na MA-202 causa prejuízo a comerciantes

Com via interditada, maioria dos frequentadores dos estabelecimentos deixou de ir ao local; para comerciantes, faltou melhor planejamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h43

Comerciantes de um trecho da MA-202 (Estrada da Maioba) estão reclamando dos transtornos causados por uma obra que está sendo executada na área da Forquilha, em São Luís. É que, para a execução dos serviços de drenagem, pavimentação e engenharia de tráfego, parte da via foi interditada e os estabelecimentos comerciais estão tendo prejuízos. Os proprietários entendem que os transtornos são temporários e que a obra trará melhorias, mas afirmam que faltou planejamento.

Uma placa afixada nas proximidades da obra informa sobre o serviço de “intervenção na geometria para melhorias do tráfego na área da intersecção da Forquilha”. A obra está orçada em R$ 8.392,92 milhões e tem um prazo de execução de 150 dias. A remodelação do retorno prevê implantação de drenagem superficial e profunda, novo revestimento asfáltico, além de um retorno na Avenida Guajajaras e alterações na rotatória da Forquilha e na interseção da Maioba, a chamada Forquilhinha.

Por causa da obra, vários trechos de vias do entorno precisaram ser interditados e isso tem causado reclamações, já que há escolas, moradias, restaurantes, estabelecimentos comerciais de gêneros alimentícios, materiais de construção, padarias, igrejas e outros. As principais críticas vêm dos comerciantes que têm perdido clientes por causa das obras.

Cássia de Jesus Ferreira abriu um restaurante na MA-202 em sociedade com o irmão. O estabelecimento começou a funcionar poucos meses depois do início das obras e conseguiu conquistar uma clientela fiel, mas o trecho da rodovia estadual em que fica o restaurante foi interditado para o tráfego e com isso muitos clientes deixaram de frequentar o local. “Se a gente soubesse que uma obra deste porte seria iniciada aqui, teríamos esperado um pouco mais”, afirma.

Para ela faltou melhor planejamento na execução dos serviços. “A impressão que eu tenho é que não sabem muito bem o que estão fazendo. Outro dia estouraram uma tubulação de esgoto e foi um caos. Esgoto jorrando por toda a avenida, mau-cheiro. Acho que deveriam ter planejado melhor para não termos tantos transtornos”, comentou.

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Para a dona de um minimercado vizinho ao restaurante de Cássia de Jesus Ferreira, o prejuízo causado pela obra já chega a 70%. “Muitos produtos nossos estão vencendo, porque a frequência de clientes diminuiu, já que carros não podem trafegar neste trecho e a gente está tendo de arcar com esses prejuízos”, afirmou Eliana Albuquerque. Segundo ela, todos os estabelecimentos comerciais do trecho interditado que antes funcionavam até as 20h estão fechando as portas às 18h.

Flávia Alves, que também tem um restaurante no trecho, reclama da perda de clientes. “A falta de clientela é de fato um transtorno para o comércio, mas a obra, quando pronta, tiver o resultado esperado, vai valer à pena, porque a gente espera sempre por melhorias. Então, espero que elas sejam concluídas no prazo previsto”, disse.

É o que também espera o dono de uma loja de materiais de construção. “Aqui quando chove alaga toda a região. A água entra nas casas, nos comércios, ninguém consegue trafegar. É um transtorno muito grande. A gente sabe que obra sempre causa transtornos, a nossa venda caiu um pouco, mas ela deve trazer melhorias, então, vamos esperar a conclusão”, afirmou.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís, que executa as obras em parceria com o Governo do Estado, para saber quanto já foi concluído e quando ela será entregue, mas até o fechamento desta edição ninguém se pronunciou sobre o assunto.

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