Com um dia de atraso, a 10ª edição da Feira do Livro (FeLis) foi aberta, na noite de ontem, 7, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, em evento que reuniu apreciadores da arte literária e membros da sociedade civil. Além do ato oficial, a abertura também foi uma oportunidade para que alguns expositores reclamassem sobre as condições oferecidas para a FeLis deste ano.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), o evento acontecerá até o dia 13 deste mês, na Praia Grande, e oferecerá estandes com livros de diferentes temáticas, além de espaços infantis e um palco principal na escadaria da Praça Nauro Machado. No total, 36 estandes foram montados ao lado da Casa do Maranhão.
Durante a abertura, o artista Uilmar Júnior homenageou o patrono da FeLis, o poeta Gonçalves Dias, com uma apresentação especial. De acordo com o titular da Secult, Marlon Botão, o evento deverá consolidar a força literária do estado. “ Serão lançados pelo menos 80 livros, ou seja, a garantia de que, quem virá, terá contato com o que há de melhor da nossa literatura”, disse.
Reclamações
A Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (Alem) reclamou da falta de estrutura da Feira. De acordo com uma das integrantes da Alem, Rosa Maria Ferreira, além da ausência de divulgação, o local não atende às condições dos livreiros. “ Trata-se de um espaço que não comporta toda a estrutura da Feira. Deveria ser em outro lugar”, disse.
O professor de Língua Portuguesa, Antônio Dias, também criticou a baixa oferta de obras no primeiro dia de exposições. “ Achei poucos livros expostos. Pensei que haveria uma oferta maior de produções”, afirmou.
Outro lado
Sobre o atraso do início da programação, previsto para ocorrer no dia 6, a coordenadora da FeLis, Rita Oliveira, disse que houve atrasos na montagem dos estandes. No entanto, ela não soube explicar o motivo da demora e disse ainda que projetos existentes em edições anteriores do evento, como o Vale-livro (que ofertava livros de forma gratuita para crianças carentes) não são viáveis atualmente. “ Há um problema orçamentário e os custos da Feira nos impossibilitaram de proporcionar este benefício”, afirmou.
De acordo com a organização da FeLis, foram gastos este ano R$ 300 mil somente para a montagem dos estandes. Ainda segundo a coordenação da Feira, a segurança dos estandes será feita diariamente por guardas municipais.
Frase
“ Achei poucos livros expostos. Pensei que haveria uma oferta maior de produções”,
Antônio Dias
Professor de Língua Portuguesa
Mais
A FeLis é realizada pela Prefeitura de São Luís e tem, como correalizadores, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Associação dos Livreiros do Maranhão (Alem).
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