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Punição

Fifa multa CBF também por gritos homofóbicos no jogo contra a Bolívia, em Natal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Neymar  comemora com a torcida na Arena das Dunas
Neymar comemora com a torcida na Arena das Dunas (Neymar)

RIO DE JANEIRO

A Fifa anunciou ontem mais uma punição à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por gritos homofóbicos da torcida. Desta vez, os incidentes aconteceram durante a vitória de 5 x 0 sobre a Bolívia, dia 6 de outubro, na Arena das Dunas, em Natal, pela nona rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018.

A CBF terá que pagar uma multa de 25 francos suíços (R$ 83 mil na cotação atual). Há um mês, a Fifa havia punido a seleção brasileira em 20 mil francos suíços (R$ 66 mil) por causa do mesmo problema contra a Colômbia, dia 6 de setembro, na Arena da Amazônia, em Manaus.

Durante a reunião do Conselho da Fifa, no início do mês passado, representantes da Conmebol fizeram uma reclamação em bloco contra as punições por gritos homofóbicos ou discriminatórios das suas respectivas torcidas. Entre os argumentos, os sul-americanos sustentaram que alguns dos gritos de torcedores qualificados como homofóbicos "fazem parte da cultura do futebol sul-americano" e não deverim ser interpretados como uma forma de discriminação pois não passam de mera provocação, como outros gritos e xingamentos corriqueiros na arquibancada.

Mas a resposta da nova secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura, ao ser questionada sobre a apelação da Conmebol foi enfática. A mulher, negra e muçulmana, que trabalhava na ONU e que faz questão de usar essas características para deixar claro que já sentiu na pele o que é a discriminação, avisou que a tolerância para esse tipo de incidente é nenhuma.

“O que posso dizer é que precisamos que as pessoas sejam educadas, mesmo que esteja na sua história, na sua cultura, usar palavras não amigáveis contra o adversário. Isso tem de parar. Para a Fifa a tolerância é zero em relação à homofobia, discriminação racial e discriminação de gênero”.

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