Peso no bolso

Preço do botijão de gás de cozinha vai ficar mais caro

Aumento foi puxado pela elevação do valor do GLP pela Petrobras para as distribuidora, que deve ser repassado para o consumidor em até R$ 0,70

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Botijão de gás de cozinha terá preço majorado para o consumidor após reajuste feito a distribuidoras
Botijão de gás de cozinha terá preço majorado para o consumidor após reajuste feito a distribuidoras (Aumento de gás)

BRASÍLIA

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, admitiu ontem que a redução de subsídios ao GLP, o gás de cozinha, pode aumentar o pre­ço do botijão para o consumidor. Ele considerou, no entanto, que o impacto deve ser "pequeno".
"O impacto, que a gente calcula que possa ter, é de 50 centavos, em alguns lugares até menos que isso", disse Parente, enfatizando a expectativa de que o eventual reajuste no preço "seja contido nessa dimensão".
Parente destacou ainda que a Petrobras não alterou o valor do GLP. "O que está sendo feito é uma mudança realizada na logística. Não houve reajuste do GLP. A tabela [de preços] é exatamente a mesma", afirmou.
O presidente da Petrobras explicou que o objetivo da companhia foi eliminar os subsídios cruzados no âmbito da logística do gás, viabilizando novos investimentos na própria logística.
"O objetivo é que você possa ter em relação às empresas que compram o gás um preço justo pela infraestrutura da Petrobras que elas utilizam", disse.
A Petrobras informou mais cedo que alterou os contratos de fornecimento de GLP. Segundo a estatal, alguns subsídios dados às distribuidoras foram reduzidos, o que poderá elevar o preço do botijão. Hoje, os preços são livres.
Estimativa
Por meio de nota, a Petrobras estimou que o impacto sobre os preços do botijão de 13 kg - referência para uso residencial - é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. "Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00 por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a mé­dia nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão em nenhum ponto do país."
Caberá às distribuidoras e revendedoras decidir se absorverão o possível aumento causado pelo fim dos incentivos ou se repassarão o custo aos consumidores, de acordo com a petroleira.

Sindicato
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou por meio de nota que des­conhece eventuais impactos nos custos das suas associadas ou mesmo em suas políticas de preços. Por isso, considera cedo e irresponsável falar em impacto no varejo, já que o preço do GLP é livre, não sujeito a tabelamentos, cabendo ao consumidor final pesquisar o melhor serviço e preço.
Questionada sobre a medida se traduzir em um corte de despesas, a Petrobras disse que alterou os contratos de fornecimento para "melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia".
O Estadoma.com ligou para algumas distribuidoras na capital maranhense e apurou que os preços, de fato, devem ser reajustados, mas ainda não sabem para qual valor. O aumento do gás de cozinha pegou de surpresa a funcionária pública Vinólia Abreu, que precisou trocar de botijão na semana passada. "A última vez que eu tinha comprado estava R$ 55,00. Na semana passada, eu me assustei quando perguntei o preço: R$ 60,00. Se for aumentar de novo, vai ficar difícil", reclamou.

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