Caso Bertin

PMs indiciados por morte de Bertin vão recorrer ao TJ

Sargento Serrão diz que ele e seus colegas de farda não praticaram o crime ocorrido em 2007

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Sargento Serrão nega o crime
Sargento Serrão nega o crime (PMs indiciados por morte de Bertin vão recorrer ao TJ)

O sargento da Polícia Militar Benedito Manoel Martins Serrão esteve no jornal O Estado, no bairro do São Francisco, durante a tarde de ontem, e afirmou que em companhia dos outros militares, soldado Raimundo Nonato Gomes Salgado e o sargento José Evangelista Duarte Sousa, ainda durante este mês vão recorrer no Tribunal de Justiça para não irem a júri popular pelo assassinato do prefeito cidade de Presidente Vargas, Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin, e pela tentativa de homicídio ao ex-secretário de Esportes desse município, Pedro Pereira de Albuquerque, o Pedro Pote. O fato ocorreu no dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim.

No último dia 26, o Poder Judiciário divulgou que esses três militares foram pronunciados para irem a júri popular por esse crime, mas a data do julgamento até a tarde de ontem estava sem previsão. O caso está tramitando na 2ª Vara de Itapecuru-Mirim e, conforme versa o Código de Processo Penal, a decisão de pronúncia deve ser proferida quando, ante as provas produzidas durante o sumário da culpa, convencer o magistrado da existência do crime e de que há indícios suficientes de que foi o réu o autor do crime em apuração. Cumpre asseverar, ainda, que a decisão de pronúncia é mero juízo de admissibilidade da acusação.

“A nossa defesa vai impetrar com uma ação judicial para não sermos julgados por esse crime, pois, somos inocentes”, afirmou o sargento Serrão. Ele declarou esse pedido vai ser dado entrada no Tribunal de Justiça no decorrer deste mês como ainda declarou que no dia do fato estava em sua residência, localizada na cidade de Rosário, em companhia de sua esposa, nome não revelado, e o seu filho, na época de apenas 1 ano e 7 meses.

Ele também informou que os outros dois amigos de farda também não participaram desse crime. “O soldado Salgado estava em Vargem Grande e o sargento Evangelista na cidade de São Benedito do Rio Preto”, declarou Serrão.

Ainda segundo Serrão, no dia 30 de março de 2007 foi depor como testemunha do caso na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira, e acabou ficando preso por um período de 1 ano, 9 meses e 10 dias no Comando Geral da Polícia Militar, no Calhau, como sendo um dos envolvidos. Os outros dois militares também foram presos, mas, no momento estão em liberdade.

O crime

Consta no inquérito policial e na denúncia do Ministério Público que, por volta das 22h45 do dia 6 de março de 2007, no povoado Cigana, zona rural de Itapecuru-Mirim, Bertin e Pedro Pote, que estavam em um veículo S-10 de placas HPI-4779, foram parados por outro carro, no qual estavam os criminosos.

Eles trancaram a caminhonete que era conduzida por Bertin, obrigando-o a parar. Em seguida, os criminosos mataram a tiros o prefeito com um tiro na cabeça e ainda travaram uma luta corporal com Pedro Pote, que foi esfaqueado no abdômen e na cabeça.

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