Com uma semana de atraso, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) informou – por meio de novo laudo de balneabidade divulgado ontem em seu site oficial – que as praias de São Luís continuam próprias para banho. De acordo com a pasta, a demora na divulgação do mais recente resultado se deu pela necessidade de contratação emergencial de uma nova empresa para fazer o estudo.

Segundo o secretário titular da pasta, Marcelo Coelho, a mudança na empresa não comprometeu a validade do laudo, pois todos os critérios necessários e estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) foram obedecidos. “O que houve foi um problema em um dos equipamentos da secretaria necessário para os testes. Mas, com a contratação dessa empresa, os resultados foram atingidos, por meio dos critérios técnicos necessários e corretos”, disse.

Ainda de acordo com o titular da pasta, um novo laudo deverá ser divulgado na semana que vem. “Creio que, a partir da próxima semana, os técnicos da Sema [Secretaria de Estado do Meio Ambiente] serão responsáveis pelos testes”, informou o secretário. Ele garantiu ainda que não deverá mais haver atrasos na divulgação dos laudos.

Relembre
A divulgação obrigatória e semanal dos laudos de balneabilidade ocorreu após decisão judicial, gerada após intervenção da Promotoria do Meio Ambiente. Na ocasião, o MP alegou que a realização dos testes era uma situação de “saúde pública” e que, portanto, deveria ser priorizada.

SAIBA MAIS

Além de evitar novos atrasos na divulgação dos laudos de balneabilidade, outro problema enfrentado pelo Governo do Estado é garantir as condições necessárias para o funcionamento pleno da Estação de Tratamento de Esgoto do Vinhais, apontado pelo Poder Executivo estadual como “um dos meios para oportunizar a pureza das praias” da orla de São Luís. No dia 22 do mês passado, O Estado divulgou que – segundo um funcionário ligado à direção da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) – a ETE Vinhais (ao contrário do que fora divulgado pelo Governo) estaria funcionando fora da capacidade plena. De acordo com o funcionário, o esgoto recebido pela ETE é devolvido à natureza com uma taxa de impureza superior a 50%. Na edição do dia 19 do mês passado, O Estado publicou reportagem em que moradores do Vinhais denunciavam, segundo eles, o mau cheiro que estava vindo da água bombeada pela estação para um dos braços do Rio Anil. Segundo eles, a água – que deveria ser tratada – na verdade é esgoto in natura. Em contrapartida, a direção da Caema informou que, assim que estiver funcionando totalmente, a ETE Vinhais será responsável por tratar até 40% da produção de esgoto da cidade.

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