Jornada da Juventude do Campo

Políticas públicas são debatidas

Jornada da Juventude do Campo de Açailândia reuniu 100 jovens que elaboraram pauta de reivindicações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Estudantes apresentam cartaz com reivindicações da juventude do campo de Açailândia
Estudantes apresentam cartaz com reivindicações da juventude do campo de Açailândia (Estudantes)

Açailândia - Cem jovens se reuniram na II Jornada da Juventude do Campo de Açailândia para debater a realidade deles e buscar soluções para os problemas. O evento ocorreu no dia 19, na Câmara Municipal de Acailândia. Entusiasmados pelo que iria acontecer naquele dia, os participantes carregavam cartazes e apresentaram dança, teatro e paródias que refletem os anseios da juventude do campo.

A jornada foi realizada pela rede Justiça nos Trilhos em parceria com os professores e alunos dos assentamentos João do Vale, Francisco Romão, Agroplanalto, Baianos, Planalto I, Novo Oriente e da Casa Familiar Rural de Açailândia. A primeira edição do encontro aconteceu em 2015, no assentamento João Vale.

“Educação no campo não é esmola, é direito!”, dizia um cartaz. “Avante juventude!”, bradou uma jovem. “Se o povo do campo não roça, a cidade não almoça. Se o povo do campo não planta, a cidade não janta!”, afirmou um jovem. Assim estava a sala do evento.

As palavras de ordem contagiavam a todos do local, era como se os jovens estivessem engasgados e encontrassem na jornada um espaço para expor suas angústias e preocupações em relação à vida e permanência no campo.

Para o estudante da Casa Familiar Rural, Matheus Sousa, o evento serviu para ouvir e conhecer novas histórias sobre as realidades dos jovens do campo. “Acho que abriu mais a visão da gente, conhecendo e ouvido as necessidades de todos de forma coletiva”, disse.

Participação

No período da manhã, os jovens participaram de palestras sobre comunicação, educação no campo e trabalho/saúde/infraestrutura, temas escolhidos pela própria juventude, para serem debatidos.

Com base no debate, os jovens pautaram uma série de demandas que buscam melhorias para vida rural, entre elas estão: a criação de bibliotecas públicas no campo; sala de informática com internet em todas as escolas dos assentamentos; melhoria na estrada de acesso; criação de postos de saúdes e maior frequência de médicos.

O objetivo da Jornada foi expor essas demandas para os representantes do governo municipal. No entanto, apenas o representante da Secretaria de Educação, Antônio Erismar, participou do período da manhã. Mesmo assim não pôde ficar até o final e ouvir os encaminhamentos feitos pelos jovens.

“Precisamos continuar fazendo espaços como esse para pressionar os governantes, para garantir nossos direitos”, afirmou Andreia Ribeiro, moradora do assentamento do João do Vale, que se queixou da falta dos representantes da Prefeitura no evento.

Sem governo

Devido à falta de representação do governo municipal, os jovens decidiram criar uma comissão que ficará responsável por levar as demandas elaboradas de forma coletiva durante a Jornada aos responsáveis referentes de cada área apontada.

“Está sendo um dia bom, estou aproveitando bastante. Só a falta dos vereadores foi chata, esperávamos está cara a cara com eles”, contou Matheus Sousa no evento.

A II Jornada da Juventude do Campo terminou após as apresentações culturais realizadas pelos jovens, que por sua vez saíram do evento muito mais animados por terem conhecido realidades e pessoas diferentes, que estão dispostas a somar forças para garantir que os direitos da juventude do campo sejam postos em prática.

Os jovens que participaram da II Jornada da Juventude do Campo prometeram ficar vigilantes e voltar caso não tenham seus direitos respeitados.

“Não podemos deixar isso morrer, para que toda juventude entenda que pode e deve continuar lutando”

Andréia Ribeiro

Moradora do assentamento do João do Vale

Mais

Pauta de reivindicações dos jovens

- Criação de bibliotecas públicas no campo

- Sala de informática com internet em todas as escolas dos assentamentos

- Melhoria da estrada de acesso

- Criação de postos de saúdes

- Maior frequência de médicos nos assentamentos

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