Manifestação

Manifestação deixa trânsito parado no centro de São Luís

Servidores da UFMA fizeram um ato ontem em frente ao campus do Bacanga contra a PEC 241

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Engarrafamento na Avenida dos Portugueses ontem pela manhã
Engarrafamento na Avenida dos Portugueses ontem pela manhã (Engarrafamento)

Servidores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizaram, ontem pela manhã, um protesto contra o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. A manifestação deixou o trânsito parado na região central de São Luís.
Os manifestantes se concentram na entrada da universidade, no Campus do Bacanga, com faixas, cartazes e um carro de som. Em alguns momentos, o acesso ao campus foi impedido e, por essa razão, um congestionamento de formou ao longo da Avenida dos Portugueses, afetando também toda a região central da cidade.

Impaciência
O trânsito ficou parado ao longo das avenidas Senador Vitorino Freire e Beirar Mar. Os condutores de veículos tiveram de redobrar a paciência e aguardar na fila de carros. Já muitos passageiros dos ônibus desceram dos coletivos e seguiram andando até o destino.
Motociclistas, para fugir do engarrafamento, se arriscavam no corredor formado entre um veículo e outro. Enquanto isso, muitos motoristas subiram o canteiro central das avenidas e faziam outras manobras não permitidas para fugir do engarrafamento. Agentes da secretaria municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) foram chamados para o local para orientar os motoristas, e o trânsito voltou a fluir normalmente apenas por volta de 10h.

Saiba mais
Conhecida como PEC do teto de gastos, a proposta já foi aprovada em primeiro turno, no último dia 11, mas, por se tratar de emenda à Constituição, para ir ao Senado ainda precisa ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513) em segundo turno, o que está previsto para esta terça-feira.

Apresentada pelo governo do presidente Michel Temer como um dos principais mecanismos para reequilibrar as contas públicas, a PEC, ao ser analisada há cerca de duas semanas, foi aprovada por 366 votos a 111. A PEC 241 estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. Pela proposta, a regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do 10º ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso.

Em caso de descumprimento, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer membro ou servidor do órgão. Inicialmente, a Proposta de Emenda à Constituição estabelecia que os investimentos em saúde e em educação deveriam seguir as mesmas regras. Diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares aliados, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas deverão obedecer ao limite somente em 2018.

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