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O futuro na política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Passada a euforia e as surpresas do primeiro turno das eleições, depois da ressaca da vitória de uns, da derrota de outros e da falácia de alguns que insistem em alegar sua vitória e a derrota de outrem, fico me perguntando: o que vai sair, em termo de futuro, das urnas de 2 outubro de 2016?

A resposta que me vem, automaticamente, num movimento reflexo de meu cérebro, é: Nada! Não vai sair nada, como resultado prático de possibilidade de futuro desta eleição.

Vamos eliminar logo a discussão a nível nacional. Quem se sobressaiu nessa eleição? Em meu modesto ponto de vista, ninguém! Eduardo Paes e Fernando Haddad, prefeitos das duas maiores cidades do país e potenciais candidatos em 2018 à Presidência da República, amargaram derrotas pessoais retumbantes! A vitória da direita, de gente como Bolsonaro, é demonstração cabal do seu real tamanho nanico! O PT e o Lula sofreram uma tremenda desidratação e a vitória de Doria/Alckmin, no primeiro turno, em Sampa, não significa que o PSDB esteja se qualificando mais do que já estava em 2014. Alguém ouviu falar em alguma vitória mais expressiva de algum possível candidato à Presidência? Penso que não!

No que diz respeito ao Maranhão, o quadro não me parece diferente no tocante às opções de futuro na política.

Em 2012, quando da eleição de Edivaldo Holanda, imaginei que ele pudesse fazer uma gestão suficientemente dinâmica e boa, que o credenciasse a vir a ser uma opção para encabeçar um grupo que o quisesse vê-lo governador do Maranhão. Sua gestão não o credenciou a isso. Nos dois primeiros anos de gestão, sua maior reclamação foi que o governo estadual de então não ajudava o município de São Luís.

Levados pelo partidarismo, deixamos de analisar o contexto de forma isenta e correta. Dizer que quando Roseana estava no governo ela não ajudou São Luís, é uma tremenda injustiça! Ela foi a maior prefeita que essa cidade já teve. O que ela não fez foi transferir recursos financeiros para a gestão municipal, adversária política. Tenho certeza absoluta que qualquer um no lugar dela faria o mesmo.

Mas voltemos ao futuro! Quem são os nomes que, saídos dessa eleição, podem se configurar como opção política para nosso estado?

Tenho dificuldade em vislumbrar, e olhe que eu sou bom em fazer isso, quais sejam as possíveis lideranças estaduais que brotam da terra fértil dessa eleição.

Se Flávio Dino quiser ele será candidato à reeleição e tem grande possibilidade de vencê-la, até porque em seu time não existe nenhuma figura que tenha estatura para tanto. Teria Zé Reinaldo, mas eles não estão lá muito bem! Teria Weverton, mas seu voo só chega ao Senado, pelo menos por enquanto. Teria Humberto ou Brandão, mas são lideranças muito restritas aos seus redutos. Poderia ter Madeira, mas estão distantes. Poderia por fim ser Edivaldo Junior, mas este, que poderia encarnar a renovação da renovação não conseguiu passar isso nem para a população nem para os políticos. Edivaldo é uma excelente pessoa, mas para ser um bom executivo, essa pessoa precisa ter um pulso forte, coisa que nem Edivaldo tem, nem Jackson teve! Já Roseana teve e Dino tem, até em demasia!

Do outro lado não estão em situação mais confortável. Roseana é eternamente candidata, pois de seu grupo é só quem tem carisma para isso. Sarney Filho deve ser candidato ao Senado, assim como Lobão Filho. Luís Fernando se descredenciou quando desistiu no meio de uma jornada difícil, mas que seria certamente consagradora. Deve passar oito anos comandando Ribamar. Gastão claudicou muito e perdeu espaço, mas pode voltar a ser um de nossos melhores deputados federais.

Resta aos antagonistas do atual governo o nome de dois senadores, João Alberto que vem de importantes vitórias, ressurgindo eleitoralmente na política e Roberto Rocha, este apesar de fragilizado por algumas derrotas, mantêm suas cabeças de ponte e principalmente a vantagem de ter ainda quatro anos de um mandato de senador.

Será que me esqueci de alguém!? Penso que não!

Como não tenho mais espaço, deixo as conclusões para você caro amigo leitor, que também deve ser eleitor de algum dos citados.

PS: Eduardo Braide poderia ser uma esperança de futuro?

Joaquim Haickel

Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

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