Alerta

Doenças causadas pelo Aedes já chegam a quase 10 mil casos

Números da Semus são referentes a este ano; a dengue lidera o ranking, com 4.302 casos, seguida de 3.035 de febre chikungunya e 2.596 de Zika

Leandro Santos / Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Quase 10 mil casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti já foram registrados este ano em São Luís. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e relacionam-se à dengue, febre chikungunya e zika vírus.

Ao todo, foram 9.933 casos registrados. De acordo com os números, houve aumento de 64% na quantidade de casos registrados em relação ao ano passado, uma vez que o ano de 2015 terminou com o registro de 6.056 casos das doenças transmitidas pelo Aedes.

Este ano, os casos de dengue já somam 4.302. Além disso, foram registrados 3.035 casos de febre chikungunya e 2.596 de zika. Em relação ao ano passado, houve um aumento dos casos de dengue e chikungunya, pois em 2015 foram registrados 2.924 e 120 casos dessas doenças, respectivamente. Enquanto isso, houve uma diminuição das ocorrências de zika. Em 2015, foram registrados 3.012 casos dessa doença.

Bairros

O bairro São Francisco foi onde mais foram notificados casos dessas doenças: 1.062 de dengue, 345 de febre chikungunya e 374 de zika vírus. Liberdade, Centro, Coroadinho, Monte Castelo, Vila Palmeira, Cohab e Cohatrac também aparecem no ranking das localidades com mais registro de uma dessas três doenças.

De acordo com Pedro Tavares, coordenador do programa municipal de Combate à Dengue da Semus, os números são preocupantes. Ele disse que os agentes de saúde continuam trabalhando no recolhimento de entulhos, visitas a domicílios e em locais fechados e fazendo também a nebulização com o carro fumacê, atendendo as recomendações do Ministério da Saúde (MS).

Segundo Tavares, neste período de estiagem, estão sendo realizados os trabalhos de prevenção, com foco nos pontos mais vulneráveis. Ele voltou a chamar atenção para a importância do engajamento de toda a sociedade no combate ao mosquito transmissor dessas doenças. “Queremos que a população participe. Só vai haver um efetivo combate ao mosquito, se todos participarem”, frisou.

Combate

A ação mais simples para prevenção da dengue, febre chikungunya e zika vírus é evitar o nascimento do mosquito Aedes aegypti, já que não há vacina ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. Recipientes como caixas d'água, tanques e cisternas devem ficar permanentemente fechados. Potes, pratos, garrafas, pneus, entre outros objetos, também devem ficar sem acúmulo de água, principalmente durante o período chuvoso.

O Ministério da Saúde orienta que um médico seja procurado logo após o aparecimento dos primeiros sintomas da doença. Febre alta, dores de cabeça e no corpo, incômodo nos olhos ou alguma manifestação cutânea, não devem ser automedicadas, pois podem mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico dessas três doenças.

Números

4.302 casos de dengue neste ano

3.035 casos de febre chikungunya

2.596 casos de zika vírus

Mais

Cuidados

Manter permanentemente fechados com tampas caixas d'água, tanques e cisternas.

Potes, pratos, garrafas, pneus, entre outros objetos, também devem ficar sem acúmulo de água, principalmente durante o período chuvoso.

Ao sentir febre alta, dores de cabeça e no corpo, incômodo nos olhos ou alguma manifestação cutânea, deve-se procurar imediatamente um hospital para o diagnóstico correto.

Não se automedicar para evitar dificuldades no diagnóstico ou agravamento do quadro.

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