Combate à violência

Em São Luís, ativistas promovem ato público contra o estupro

Manifestação aconteceu no início da noite de ontem, no Centro Histórico, e reuniu representantes de movimentos culturais e membros da sociedade civil

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
( Exibindo cartazes, integrantes do movimento protestaram contra a cultura do estupro)

Ativistas e membros da sociedade civil promoveram, na noite de ontem, no Centro Histórico de São Luís, ato público contra a cultura do estupro. De acordo com os organizadores, o objetivo da manifestação foi chamar a atenção sobre um dos crimes que mais atingem, de forma diária, representantes do sexo feminino no país.

A concentração do movimento ocorreu por volta das 19h em frente à sede do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ), na Praça D. Pedro II. Com cartazes e camisas para o evento, os ativistas cobraram do Poder Público punições mais severas para os autores de crimes de estupro.

Uma das representantes do ato, a ativista Letícia Oliveira, disse que a solução para coibir o estupro passa pela criação de instituições administrativas que recebam, diariamente, as denúncias de violência física e psicológica contra as mulheres. “Muitas vezes, as mulheres são vítimas de violência e nem sabem a quem recorrer. É preciso mudar esta realidade e isso motivou a promoção deste ato público de hoje [ontem]”, disse.

A também ativista Amanda Borba, que estava à frente da organização do ato, relatou um fato ocorrido com ela em que foi vítima de trauma psicológico proporcionado por um homem. “ Estava próxima à minha residência quando um homem, que não conhecia começou a fazer gestos obscenos na minha frente. Não sabia o que fazer e decidi apenas agir com firmeza para que nada acontecesse comigo. Graças a Deus saí ilesa, no entanto, ficou o trauma”, disse.

Após a concentração do movimento, o grupo seguiu para a Praça Nauro Machado, onde foram promovidos shows culturais em condenação ao estupro.

Caso

A ativista Letícia Oliveira foi vítima da violência masculina. Ela contou que há oito anos foi agredida em via pública por um ex-namorado. “ Foi muito triste. Mesmo depois do que sofri, ainda decidi voltar com ele, pela dependência econômica e por ter um filho com ele. Hoje, não agiria mais assim”, afirmou.

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