Juros

Redução da Selic deve ter pouco efeito nas operações de crédito

Taxa média mensal cobrada de consumidores deverá cair de 8,24% para 8,22%; mesmo com a redução, o Brasil permanece na liderança do ranking mundial de juros reais, cuja taxa soma 8,49% ao ano, acima da Rússia, 2ª colocada (4,27%)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

São Paulo - A redução em 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), para 14,00% ao ano, terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito. Conforme levantamento da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média mensal cobrada de consumidores cai de 8,24% para 8,22%.

Para o economista e professor dos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mauro Rochlin, o corte de 0,25 ponto percentual da taxa Selic sinaliza o início de um ciclo de quedas na taxa de juros, com impactos que serão sentidos mais à frente no aumento do consumo, com a redução do custo de crédito, e na retomada do investimento pelas empresas.

“Quanto maior a queda dos juros, maiores são as chances de recuperação da economia e de retomada do crescimento. A queda mais lenta da taxa, uma vez que o mercado esperava um corte de 0,5 ponto percentual, indica um certo conservadorismo da atual gestão do Banco Central. Essa queda mais lenta tem um custo maior para o governo, cujos títulos são indexados pela Selic, e para as empresas”, afirmou Mauro Rochlin.

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