Música

Silvério Pontes lança primeiro CD autoral

Trompetista, que possui 40 anos de carreira e tocou com grandes artistas brasileiros, mostra magia ao tirar lindas melodias da cartola em Reencontro; disco sai pelo selo Des Arts e traz ritmos variados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Silvério Pontes tem o choro com carro-chefe da carreira, mas no CD autoral Reencontros passeou por uma diversidade de estilos e melodias
Silvério Pontes tem o choro com carro-chefe da carreira, mas no CD autoral Reencontros passeou por uma diversidade de estilos e melodias (Silvério Pontes h)

Aos 40 anos de carreira, o trompetista Silvério Pontes acaba de se render a uma parte das centenas de melodias que habitam sua cabeça. Eis que a cabeça do instrumentista revela-se uma verdadeira festa. E toda essa festa está no seu primeiro CD autoral, “Reencontro”.

O tal “Reencontro” é consigo mesmo, com sua criatividade, emoções, talento e versatilidade. Se o choro sempre foi o carro-chefe do trabalho de Silvério Pontes, ele puxa um cortejo de ritmos, estilos e gêneros. Diversidade que o compositor e violonista Guinga exalta com empolgação. “Trompete da Cantareira. Flugel do Valonguinho. Cafifa com surdina. Piston com rabiola. Um certo ar de coreto, baile, cortejo, parada de Sete de Setembro, toque de silêncio... Corneta que te quero corneta. Seu Fluminense destinado ao sucesso. Grande artista brasileiro. Você lembra as aves da Ponta d''Areia. Sua música é linda”.

O CD “Reencontro” tem concepção e idealização de Silvério Pontes. Da alegria da faixa “Polca na praia” à romântica “Amor eterno”, do choro ao jazz, Silvério passeou por lembranças de infância com a circense “Hoje tem marmelada” e rendeu homenagens ao ídolo, o compositor e instrumentista Astor Piazzolla (compositor e instrumentista) e ao parceiro de décadas, o trombonista Zé da Velha, que não poupou elogios. “Conheço o Silvério há 32 anos e ele já era um músico talentoso. Mas, durante esse tempo, ele evoluiu muito e agora se mostra um compositor de belas melodias. A música em minha homenagem foi um presente que eu não esperava; fiquei muito emocionado. Durante esses anos, interpretamos juntos os compositores brasileiros e agora tenho a alegria de apresentá-lo como compositor. Adorei a variedade de estilos.”

Selo

Lançado pelo selo Des Arts, “Reencontro” é, realmente, pródigo em estilos. Afinal de contas, Silvério recebeu influências variadas desde que ganhou seu primeiro trompete, aos 8 anos de idade tocou e gravou com artistas diversos como Tim Maia – que acompanhou como integrante da banda Vitória Régia por 12 anos –, Paulinho da Viola, Luiz Melodia, Elza Soares, Francis Hime, Beth Carvalho e Yamandú Costa.
Mas, neste novo trabalho, foi Silvério Pontes que contou com instrumentistas do primeiro time da nossa música, o acordeonista Marcelo Caldi, o cavaquinista Henrique Cazes, a saxofonista Daniela Spielman, o violinista Nicolas Krassik e o próprio Zé da Velha.

No show de lançamento do CD, no dia 6 de outubro, no Teatro Municipal de Niterói, Caldi, Cazes, Daniela e Zé da Velha também estiveram presentes. Além deles, Silvério foi acompanhado pela banda formada por Charlles da Costa (violão), Adalberto Miranda (baixo), Carlos César (bateria) e Felipe Tauil (percussão). E como o espetáculo também era uma festa, Silvério contou com muitos outros convidados como Mauro Costa Júnior (violão), Marcos Nimrichter (piano), Fabiano Segalote (trombone), Bebê Kramer (acordeon), Alexandre Cardoso (cavaquinho), Alexandre Romanazzi (flauta), Dudu Oliveira (flauta), Leandro Saramago (violão), Vitor Tosta (trombone), Sérgio de Jesus (trombone), Thiago Osório (trombone e bombardino) e Rodrigo Munhoz (saxofone). O show teve direção musical de Fabiano Segalote e Silvério Pontes.

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