PENITENCIÁRIA

Ministro da Justiça diz desconhecer supostas motivações de rebelião em Pedrinhas

Alexandre de Moraes foi questionado se havia informação de que as rebeliões em vários estados, incluindo o MA, são orquestradas por motivação política

OESTADOMA.COM, COM INFORMAÇÕES DA ÉPOCA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Detentos de Pedrinhas teriam orquestrado ataques
Detentos de Pedrinhas teriam orquestrado ataques (LOTAÇÃO PEDRINHAS )

SÃO LUÍS - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse em entrevista o site da revista Época, publicada nesta terça-feira (18), que "não há nenhuma informação" sobre supostas motivações políticas que teriam impulsionado rebeliões no Maranhão.

No estado, uma série de ataques ocorreu pouco antes do 1º turno das eleições, no dia 2 de outubro. Ônibus, escolas, carros de empresas e caminhões de lixo foram incendiados sob comando de detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Para o ministro, facções ameaçam uma guerra dentro e fora dos presídios. Ele defendeu mudanças na Lei de Execuções Penais para agravar penas de crimes graves praticados com violência.

"O Brasil, historicamente, prende muito, mas prende mal. O Brasil prende quantitativamente, mas não prende qualitativamente. A mesma pessoa que pula um muro para furtar um botijão de gás, ela vai para a cadeia, é pena privativa de liberdade. E alguém que, com um fuzil, rouba uma pessoa, dá tiro, e tem uma periculosidade muito maior, também tem pena privativa de liberdade. Quem não usou da violência pode ter uma prestação de serviços a comunidade. Internação para quem pratica violência e se não há nocividade, sem encarceramento", declarou Alexandre Moraes em entrevista.

Alexandre Moraes afirmou, ainda, que a segurança penitenciária é dos governos estaduais, mas o Ministério da Justiça está dando apoio.

Prefeitura e Governo

O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), chegou a usar as redes sociais para se posicionar sobre a onda de ataques que amedrontaram a capital. Ele destacou que a violência se intensificou poucos dias antes da eleição, que ocorre neste domingo (2). "Causa estranheza, no entanto, que tantos ataques ocorram justamente em véspera de eleição".

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), publicou que os ataques têm "claros apoios políticos". Em publicação, ele afirmou que as facções criminosas "querem a volta da livre circulação de drogas, armas e celulares, por meio de regalias e privilégios".

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