Violência urbana

Frequentadores da Reserva do Itapiracó reclamam de insegurança no local

Após os últimos casos de violência no espaço ambiental, situação se agravou e temor é maior por parte das frequentadoras; nesta semana, o corpo de uma mulher foi encontrado no matagal, depois de ser morta três dias antes

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Quem frequenta a Reserva do Itapiracó, em São Luís, inaugurada em dezembro de 2014, reclama da falta de segurança no local. A sensação de medo foi agravada após o episódio desta semana, em que o corpo de uma mulher foi encontrado em um matagal no espaço ambiental.

O Estado esteve de 16h às 17h de ontem na Reserva do Itapiracó e, durante o período, nenhuma viatura da Polícia Militar do Maranhão (PM) circulou no trecho. As pessoas que usam a estrutura para fazer caminhadas, ou mesmo um passeio, questionam a ausência de vigilância. “Eu mesma venho pelo menos três vezes por semana e não vejo policiamento”, disse a dona de casa e moradora do Alto Turu, Rosa Maria Rodrigues.

Algumas pessoas, para minimizar os riscos, decidiram antecipar o horário de atividade física no lo­cal. “Eu antes praticava a minha caminhada no início da noite. Co­mo houve esses últimos casos, estou vindo mais cedo”, disse a professora Lúcia Soares.

O medo não é exclusivo das mulheres. A maioria dos homens também reclama da falta de segurança na reserva. “Eu também costumo frequentar aqui para caminhar e o que posso dizer é que a segurança está péssima. Não consigo vir aqui sem sentir medo”, disse o vigilante Roni Soares Robert.

Relembre
A urbanização da Reserva do Itapiracó fez parte de um projeto de recuperação do parque, que leva o mesmo nome, e foi criado em 1977. Com uma área de aproximadamente 320 hectares, a reserva tem, de forma predominan­te, uma vegetação re­manescente da Floresta Amazônica.

A Polícia Militar do Maranhão (PM) informou, em nota, que diariamente é realizado o patrulhamento no

Eu mesma venho pelo menos três vezes por semana e não vejo policiamento”Rosa Maria Rodrigues, dona de casa

bair­ro Itapiracó e áreas vizinhas, por meio do 8° BPM, que também desenvolve ações preventivas e ostensivas na área, entre elas rondas e incursões.

A PM destacou, ainda, que o policiamento conta com apoio da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Batalhão de Polícia Choque (BPChoque) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), cuja base é instalada na reserva daquele bairro. A Área de Proteção Ambiental (APA) também dispõe de segurança privada, que trabalha para coibir ações de vandalismo no local.

Ressaltou também a importância das eventuais vítimas registrarem boletim de ocorrência no distrito policial mais próximo, para que sejam mapeados os pontos em que os delitos acontecem com maior frequência. A PM também disponibiliza o 190 para denúncias.

NÚMEROS

320 é o total de hectares da Reserva do Itapiracó

2014 foi o ano de revitalização do local

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