Oito academias de musculação foram notificadas e interditadas, on­tem e segunda-feira, em uma operação do Conselho Regional de Educação Física (CREF) e do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon)

De acordo com os órgãos, as empresas apresentavam diversos problemas que as impediam de seguir abertas. Entre eles a falta de registros no CREF e de alvará sanitário, presença de equipamentos que podem ocasionar acidentes e a ausência de profissional de educação física qualificado.

O presidente do Procon Maranhão, Duarte Júnior, destacou que as empresas foram notificadas anteriormente sobre a ação e tiveram um período para se adequarem, como não acataram a orientação, tiveram de fechar suas portas até que regularizem sua situação.

Profissional
A chefe de orientação e fiscalização do Conselho Regional de Educação Física, Gisela Ruy, ressaltou que toda e qualquer academia deve ter um profissional registrado em todos os horários de funcionamento do estabelecimento, além de ser credenciada no conselho. A ausência dessas qualificações pode resultar no comprometimento da saúde do aluno consumidor.

Ontem, por exemplo, numa das academias vistoriadas, no bairro São Francisco, nem mesmo o proprietário estava presente. Apenas um homem, que se identificou como aluno, estava no local. “O principal risco que o aluno pode ter é uma lesão séria e irreversível. A gente sabe que hoje temos profissionais habilitados, e a sociedade tem o direito de exigir que os proprietários de academias, ou qualquer outro estabelecimento que trabalhe com educação física, tenha a presença de um profissional habilitado no conselho. É justamente esse tipo de profissional que pode prescrever, fazer uma avaliação e orientação das atividades físicas, justamente para evitar lesão nos alunos e para que eles obtenham o resultado esperado”, afirmou Gisela Ruy.

Na mesma academia, os fiscais do Procon e do CREF notificaram a insalubridade do local – aparelhos velhos e danificados – e as péssimas condições sanitárias.

Ação
O Procon e o CREF também têm realizado ações de caráter pedagógico nas academias para orientar alunos sobre seus direitos. Até mesmo uma cartilha foi elaborada para das dicas sobre como escolher o melhor estabelecimento e não ter prejuízos futuros, principalmente com relação à saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também tem um manual de orientações a respeito da instalação desse tipo de estabelecimento. Orientações que não eram seguidas pelas academias que foram notificadas.

“O consumidor é o maior, melhor e principal fiscal na relação de consumo. No momento da matrícula, ele pode exigir a documentação, e na falta desses documentos, ou na desconfiança de uma prestação de serviços inadequada, deve denunciar ao Procon”, afirmou Duarte Júnior.

DENÚNCIAS

As denúncias ao Procon podem ser feitas por meio site: http://www.procon. ma.gov.br/, do aplicativo Procon, disponível para smartphones, pelo Telefone 151, ou ainda em uma das agências físicas do órgão.

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