Artigo

Estabilidade da economia brasileira

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

As razões da estagnação econômica por que passa o país são diversas, mas têm um ponto de conexão, elas são calcadas numa ideia central que pontuou as decisões fundamentais do governo anterior. Refiro-me à tentativa desajeitada de impulsionar o desenvolvimento do país por meio de malabarismos econômicos artificiais absolutamente descolados do que se supõe ser um conjunto de boas práticas macroeconômicas.

O atual governo, ainda quando estava em exercício provisório, já lograva estabelecer um clima de esperança para a economia brasileira. Prova desse otimismo é apresentado pela variação do Índice Bovespa, que, desde a data da autorização para o processo de impeachment dada por esta Casa até o final de setembro teve uma variação positiva de mais de dez por cento.

Sem dúvida, o mercado tem um comportamento em certa medida imprevisível, pois depende da atuação de diversos agentes econômicos sujeitos às mais diversas motivações. Entretanto, as motivações de ordem psicológica dos agentes certamente estavam tomadas pela névoa do ceticismo quanto à capacidade de o governo anterior recolocar a economia em seus eixos. O novo governo alimentou positivamente as expectativas dos agentes econômicos, fator essencial para provocar o início de um ciclo de investimentos que contribuirá para a retomada do crescimento do país.

Não obstante, os efeitos da administração Temer não têm suas bases exclusivamente na retirada de uma má administração anterior. Há um conjunto de proposições e ações que se orientam por bases racionais no sentido de corrigir os equívocos cometidos na condução da economia do Brasil.

São exemplos dessas ações e proposições o notório esforço do governo em retomar o controle das contas públicas por meio de um ajuste fiscal que, apesar de alvo de críticas, é indiscutivelmente necessário. A tentativa de estabelecer um teto para os gastos públicos, a renegociação de dívidas estaduais e os esforços para a construção de um sistema previdenciário sustentável no longo prazo demonstram o comprometimento do governo com o tema.

A intensificação pelo governo atual da fiscalização sobre programas sociais é digna de nota e elogio. É repugnante a existência de pessoas cadastradas para o recebimento de benefícios da seguridade social sem que sejam elegíveis.

Em contraste com os métodos do governo passado, há uma nítida tentativa de procurar o equilíbrio do orçamento com foco na redução de despesas ao invés do danoso expediente de aumento de tributos. Ademais, as concessões de vantagens tributárias pontuais em setores específicos, que, por fim, criam dependência do setor em lugar de oferecer dinamismo, encontraram seu fim na nova administração.

A condução da política econômica demonstra maior comprometimento com temas essenciais à estabilidade da economia brasileira. O zelo da equipe econômica com o controle da inflação e a manutenção de um regime de câmbio flutuante proporciona um clima de confiança nos agentes do mercado e fomentam as iniciativas de investidores nacionais e estrangeiros.

Não há dúvida, presenciamos novos tempos para a economia brasileira, as expectativas estão renovadas. Acrescente-se à capacidade técnica do novo governo o seu canal ampliado de diálogo com o Congresso, o que é essencial à concretização de seus projetos.

Desde já, comprometo-me com as iniciativas do atual governo, que, não tenho dúvida, trarão o tão desejado reequilíbrio econômico do país.

Hildo Rocha

Deputado federal pelo PMDB

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