Vistoria

Ministério Público vai vistoriar escolas atingidas em ataques incendiários

Intenção é verificar se as medidas anunciadas pela Prefeitura de São Luís estão sendo colocadas em prática, para não prejudicar o ano letivo dos estudantes

Leandro Santos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Ainda este mês, o promotor de Educação, Paulo Avelar, vai vistoriar as escolas em São Luís que foram alvos de ataques incendiários nos últimos dias. O objetivo da ação do Ministério Público é evitar que crianças e adolescentes fiquem prejudicados no que diz respeito ao cumprimento da carga horária do ano letivo.

Paulo Avelar informou a O Estado que já tem a lista de escolas que foram atacadas. Essa relação foi encaminhada pelo titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Moacir Feitosa, juntamente com as providências que estão sendo tomadas pelo órgão municipal para reestruturar as unidades de ensino.

Vistorias
No total, 18 escolas na capital maranhense foram atacadas por criminosos nos últimos dias. Sete delas tiveram as salas de aula e outras dependências incendiadas, enquanto outras 11 sofreram algum tipo de dano.

“Nós estamos acompanhando a situação para não haver a descontinuidade no ensino durante o ano letivo”, explicou Paulo Avelar. Ele afirmou também que, conforme lhe foi repassado pela Semed, nas escolas mais destruídas, as aulas foram remanejadas para outros prédios, enquanto nas outras, as aulas continuam sendo lecionadas normalmente, sendo isoladas apenas as áreas danificadas.

Dessa forma, a inspeção que o promotor fará nas escolas visa verificar se as ações estão sendo de fato colocadas em prática para assegurar a aprendizagem dos estudantes. “Vamos verificar o que está sendo feito. Caso não estejam acontecendo, podemos aplicar as medidas administrativas ou judiciais”, afirmou Paulo Avelar. As escolas da rede estadual de ensino atacadas pelos criminosos também serão vistoriadas pelo promotor.

Ataques
Os atentados às escolas começaram no dia 30 de setembro, quando três escolas foram incendiadas em São Luís, sob ordens que partiram do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Dias depois, a onda de violência se espalhou, atingindo outras unidades de ensino, não apenas da capital maranhense, mas também de São José de Ribamar e Paço do Lumiar.

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Nessa onda de ataques, uma das escolas mais atingidas pelo incêndio foi a Unidade de Educação Básica (UEB) Darcy Ribeiro, localizada às margens da Avenida dos Africanos, no Sacavém. Outra que também ficou prejudicada foi a UEB Carlos Saads, localizada na Vila Mauro Fecury (área Itaqui-Bacanga). O estrago causado pelo fogo criminoso foi tão grande que até o teto desabou sobre as salas de aulas.
Por meio de nota, a Semed informou que os reparos nas escolas que foram alvo de ataques criminosos já estão em curso, por meio do cronograma de requalificação das unidades de ensino executado pela secretaria. A mesma disse que, em parceria com o Governo do Estado, por meio do programa Escola Digna, está reformando duas unidades de ensino, Carlos Saads, na Vila Mauro Fecury II, e Darcy Ribeiro, no Sacavém.

A Semed frisou ainda que mantém, normalmente, as aulas nas escolas em condições de receber os estudantes e que os alunos das classes atingidas pelo fogo foram remanejados para outros espaços dentro das mesmas unidades de ensino. Para os casos em que isso não foi possível, a secretaria comunica que vai garantir o funcionamento das unidades de ensino em imóveis nas proximidades das escolas atingidas.

Número
18 é a quantidade
de escolas que serão vistoriadas pelo Ministério Público.

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