Mudança

Horário de verão começa no domingo em 10 estados e DF

Governo Federal estima que irá economizar R$ 147,5 milhões com a mudança; estados das regiões Norte e Nordeste não adotaram a mudança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
(Relógios adiantados em uma hora a partir de meia-noite de sábado)

Brasília - O horário de verão entrará em vigor no domingo,16, em 10 estados mais o Distrito Federal. A partir de meia-noite de sábado,15, os moradores devem adiantar os relógios em uma hora. O horário de verão vai durar até o dia 19 de fevereiro de 2017.

O Governo Federal estima que irá economizar R$ 147,5 milhões com horário de verão, o que representa o custo evitado em usinas térmicas por questões de segurança elétrica e atendimento à ponta de carga durante esse período. No horário de verão do ano passado, o país economizou R$ 162 milhões, com economia de energia de 2,6 mil megawatts (MW) –o correspondeu a 4,5% da demanda nos horários de pico.

O horário diferenciado vale para os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, além do DF.

Entre os objetivos está a redução da demanda durante o horário de pico, que vai normalmente das 18h às 21h. Com o horário de verão, a iluminação pública, por exemplo, é acionada mais tarde, deixando de coincidir com o horário de consumo da indústria e do comércio.

Redução do consumo
Segundo o governo, nos últimos dez anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%. Isso equivale, em todo o horário de verão, ao consumo mensal aproximado de energia em Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.

O governo explica que o horário de verão possibilita a ampliação do período de maior consumo, reduzindo o volume de carga de energia nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição num mesmo momento, o que reduz os riscos de apagões. No Brasil, o Horário de Verão tem sido aplicado desde 1931/1932, com alguns intervalos.

Mudanças

Segundo as pesquisas, o horário de verão pode afetar o tempo de prática de atividades físicas, no número de acidentes de carro e até no período em que funcionários passam navegando na internet de forma improdutiva durante o expediente.

Sonolência durante o dia, cansaço, irritabilidade, alterações de apetite e um humor deprimido são alguns efeitos no organismo em decorrência da perda de uma hora de sono. O organismo pode levar até duas semanas para se adaptar a esse novo ritmo.

As crianças e os notívagos são os que mais sentem as consequências da mudança do horário de verão, segundo o professor e chefe do Laboratório Neuro-Sono da Unifesp, Gilmar Fernandes do Prado, 57. Para ele, uma melhor adaptação seria dormir bem, em média, oito horas de sono, ao menos três dias antes do início do horário de verão.

"O ideal seria a pessoa dormir com padrão de sono de três dias a duas semanas antes do início do horário de verão para recuperar parte do sono perdido nos últimos dias. Isso porque o período de adaptação do ritmo do sono e da alimentação pode levar até duas semanas. Para aqueles que são notívagos, a completa normalização do organismo só ocorrerá quando terminar o horário de verão", afirmou o médico.

Levantar mais cedo

Contudo, segundo Prado, mais de 40% das pessoas dormem menos do que deveriam e muitas têm dificuldade de levantar mais cedo. Para esse grupo de pessoas a adaptação ao horário de verão é mais complicada e, em alguns casos, requer um acompanhamento médico. "Maior recomendação para a pessoa sanar o deficit de sono seria realizar uma atividade física regular para que haja uma regulação do organismo. Para os que já fazem, o ideal é manter a programação, pois assim a adaptação será mais rápida."

Quando levantar de manhã, diz o médico, é bom acender as luzes intensamente para a informação de que o dia começou chegue até a área profunda do cérebro (o hipotálamo). Isso porque há um descompasso na sincronia do claro e escuro. Além disso, Prado recomenda que evite se alimentar fora dos horários habituais, mesmo que sinta fome em determinados períodos –a alimentação se regulariza em até quatro dias.

Os pais também devem ficar atentos ao desempenho dos filhos nas escolas devido ao déficit de sono. "Nessa mudança de horário é possível que algumas crianças tenham queda no desempenho escolar. Nesse caso, os pais devem colocar as crianças para dormir mais cedo e reduzir as atividades, além de limitar o acesso às redes sociais", afirmou o médico.

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