O ex-secretário estadual de Meio Ambiente Washington Rio Branco protocolou na manhã de sexta-feira, dia 14, uma representação no Ministério Público (MP) contestando laudo de balneabilidade que liberou praias da Região Metropolitana de São Luís para banho.

No documento, direcionado ao promotor Fernando Barreto, que é responsável pela Promotoria de Justiça Especializada do Meio Ambiente, Washington Rio Branco solicita uma reunião com especialistas das universidades federal e estadual do Maranhão (UFMA e Uema), para fazer uma análise dos dados apresentados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) que atestou as boas condições de balneabilidade das praias.

Com isso, Washington Rio Branco pretende saber se os laudos divulgados pela secretaria estão de acordo com os padrões determinados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), uma vez que, em sua avaliação, é impossível que a despoluição das praias tenha ocorrido em um curto espaço de tempo.

Contestação
Em entrevista a O Estado na edição de sexta-feira, dia 14, Rio Branco informou que é cientificamente impossível, em um curto tempo de intervenção governamental e por causa dos problemas técnicos e operacionais existentes, que as regiões costeiras da Ilha tenham chegado a um nível de limpeza que permitissem o banho das pessoas nas praias.

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Ainda mais que, segundo informações obtidas de técnicos da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), ele disse que as estações elevatórias que existem hoje em São Luís não estão dando conta do serviço. Elas estariam operando com dificuldades, por causa do sucateamento, e lançando grande parte do esgoto in natura nos rios e praias.

SAIBA MAIS

Na quinta-feira, a Sema divulgou mais um relatório sobre as praias de São Luís e São José de Ribamar que mais uma vez mostra que todas estão 100% próprias para o banho. O laudo é divulgado pelo Laboratório de Análises Ambientais (LAA), da própria secretaria. A aferição foi realizada no domingo, dia 9, em 21 pontos monitorados. Segundo os laudos, os níveis de contaminação vêm caindo, gradativamente, desde janeiro deste ano.

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