Com mais informação e saúde

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Muito ainda há a ser feito, mas dados mostram que o acesso a exames de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) tem avançado nos últimos anos - lentamente, mas tem. No mês da campanha nacional Outubro Rosa, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), são animadores os números do balanço quanto à mamografia. O total de exames do tipo no Brasil cresceu 37%, no comparativo entre os primeiros semestres de 2010 e 2016. Passou de 1,6 milhão para 2,2 milhões.
Isso mostra que as campanhas estão alcançando resultados. Assim, cada vez mais mulheres estão buscando a prevenção, o que é importante, já que a chance de cura quando o assunto é câncer é bem maior se a doença é descoberta no início. E essa importância se dá também por causa dos prognósticos: o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 57 mil casos de câncer
de mama neste ano.
E o aumento no número de exames realizados deve ser destacado na faixa etária de 50 a 69 anos, que é prioritária nos atendimentos, na qual esse percentual foi ainda maior nesse período, alcançando 64% e saindo de 854 mil para 1,4 milhão de mamografias.
Na comparação com anos fechados, o aumento foi de 36% entre 2010 (3 milhões) e 2015 (4,1 milhões). Já as mamografias realizadas na faixa etária prioritária aumentaram 61% entre 2010 (1,5 milhão) e 2015 (2,5 milhões). Esse rastreamento é uma estratégia de detecção precoce utilizada em políticas públicas para populações-alvo específicas a fim de reduzir a mortalidade por uma determinada doença.
É bom ressaltar que o SUS garante a oferta gratuita de exame de mamografia para as mulheres brasileiras em todas as idades, desde que exista recomendação médica. A faixa dos 50 anos aos 69 anos é definida como público prioritário para a realização do exame preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério
da Saúde baseado em estudos que comprovam maior incidência da doença e maior
eficiência do exame.
Na fase de tratamento, oferece cirurgias oncológicas, como mastectomia, conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia e quimioterapia. Em 2015, foram 18.537 mastectomias e cirurgias conservadoras, 2,9 milhões de procedimentos de radioterapia e 1,4 milhão de sessões de quimioterapia, além de 3.054 cirurgias de reconstrução mamária.
O Ministério da Saúde ampliou de 31% dos recursos nos últimos cinco anos, totalizando R$ 599 milhões em 2015. A prevenção da doença também teve um aumento de 15% no mesmo período, passando de R$195,3 milhões para R$ 224,7 milhões. Com ações também no Outubro Rosa, a intenção é somar. A ideia é informar e conscientizar sobre a doença, além de proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento para a redução da mortalidade. Assim, quer reforçar a importância de a mulher estar atenta a alterações suspeitas nas mamas. Com mais acesso à informação e à saúde, a mulher agradece.

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