“Zona de guerra”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Os milhares de eleitores que moram na Zona Rural de São Luís passaram a ser alvo, neste segundo turno, das estratégias dos candidatos. Vencedor incontestável na região, no primeiro turno, o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) aposta na força de sua base de vereadores e, sobretudo, na militância pedetista, para consolidar-se como favorito.
Com votação inconsistente nas comunidades da área - em algumas zonas amargou o terceiro lugar - Eduardo Braide (PMN) quer reforçar as bases para reverter o quadro favorável ao prefeito.
A Zona Rural é localizada pelo Tribunal Regional Eleitoral nas zonas 89ª, 90ª e 91ª. Nas três, o prefeito obteve votação expressiva, chegando a quase 50% dos votos válidos. Na mesma região, Eduardo Braide alcançou a segunda posição apenas em uma das três zonas, ficando atrás de Wellington do Curso (PP) em duas delas.
Edivaldo Júnior explica seu sucesso na zona rural com o número de obras e serviços que garante ter levado para lá ao longo dos seus quatro anos de mandato. Eduardo Braide contesta e esteve em três das comunidades que ele garante estarem desassistidas pelo poder público.
No total, a Zona Rural reúne mais de 200 mil eleitores, o que pode definir uma eleição e garantir vitória respeitável a um candidato. Mas a distância do centro da capital maranhense torna também mais difícil o confronto com alguém que esteja no comando da máquina, capaz de resolver problemas em questão de dias.
Edivaldo Júnior tem pouco mais de 20 dias para consolidar-se como favorito nas urnas da zona rural e contrapor o crescente desempenho do adversário na chamada classe média urbana. E Braide sabe que os formadores de opinião não integram o grosso do eleitorado mais suscetível, por isso quer manter-se integralmente presente na região. E lá deve ser a principal “zona de guerra” da campanha no segundo turno.

Obstrução
O deputado Adriano Sarney (PV) conseguiu adiar a votação do Projeto de Lei 183/16, para hoje. O projeto solicita empréstimo da Caixa Econômica Federal de R$ 55,2 milhões ao governo Flávio Dino (PCdoB).
O parlamentar pediu vistas ao projeto, durante a sessão de ontem da Assembleia Legislativa.
O projeto tramita em regime de urgência e seria votado a toque de caixa, mas a oposição conseguiu adiar por mais uma sessão para estudar e discutir melhor a operação de crédito.

Redução?
O governador Flávio Dino (PCdoB) resolveu novamente utilizar as redes sociais para apresentar números referentes à violência na Região Metropolitana de São Luís.
Segundo Dino, o número de crimes violentos caiu 20,3% em 2016, se comparado com o último ano do Governo passado.
Sem apresentar qualquer relatório oficial do Sistema de Segurança, o comunista foi duramente criticado nas redes sociais.

Silenciou
Na publicação de Flávio Dino sobre a suposta redução de crimes violentos, a eleitora Elinaura Fernandes criticou o fato de o comunista trabalhar “em função de comparar o seu governo com o anterior”.
Igor Santos repreende o governador e pede que ele esqueça a gestão passada. Já Ivone Nascimento cobra ações de combate ao desemprego.
Renata Veiga Gomes ironiza a publicação do governador: “Tá bom né?!? [sic] Só 565 morreram”. Dino não respondeu a nenhum dos comentários.

Desinteresse I
Os ex-candidatos a prefeito Wellington do Curso (PP), Fábio Câmara (PMDB) e Eliziane Gama (PPS), aparentam certo desinteresse na disputa do segundo turno na capital.
Wellington parece frustrado, após quase ter a sua participação garantida no segundo turno. Fábio Câmara desanimado com o desempenho nas urnas e Eliziane Gama, “desencantada”.
Na mesma medida, Eduardo Braide (PMN) e Edivaldo Júnior (PDT) não demonstram tanto interesse em ter os três mais próximos.

Desinteresse II
Se não se manifestam em relação ao segundo turno, tampouco os concorrentes que sobraram mostram interesse em ter os ex-candidatos em palanque.
O prefeito Edivaldo Júnior, por exemplo, confirmou que está conversando com “vereadores eleitos e não eleitos”, mas disse que não procurou candidatos a prefeito.
Na semana passada, o deputado Eduardo Braide também revelou não ter procurado nenhum dos três adversários do primeiro turno.

Zona de disputa
A região dos bairros São Bernardo e Vila Brasil virou palco de forte disputa entre os candidatos Edivaldo Júnior e Eduardo Braide.
Na semana passada, Edivaldo fez duas caminhadas nos bairros e ainda passou em carreata por lá no fim de semana.
Nesta segunda-feira, foi a vez de Braide circular pela região, acompanhado do vereador reeleito Francisco Chaguinhas (PP), que tem base eleitoral na área.

Adesão
Até agora, o deputado Eduardo Braide atraiu o maior número de vereadores eleitos e não eleitos para sua base de apoio no segundo turno.
Mas o prefeito Edivaldo Júnior garante que tem conversado com todos os candidatos, em busca de apoio em suas bases.
No jogo entre os dois candidatos, está a disputa pela presidência da Câmara Municipal, de interesse forte dos vereadores eleitos.

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