Empresários de firmas que prestam serviço para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) fecharam, na manhã de ontem, a entrada principal do órgão municipal, localizada na Avenida Guajajaras, no Bairro do São Cristovão, em São Luís. Eles reclamam que estão há alguns anos sem receber os pagamentos devidos por obras feitas para a secretaria.
Segundo o Emanoel Brito, proprietário da LR Empreendimentos, empresa do ramo de pavimentação asfáltica, desde 2014 que os pagamentos não são efetuados. A dívida já chega a R$ 220 mil. Como consequência ele tem entrado numa espiral de dívidas com fornecedores e com os poderes públicos, já que tem deixado de pagar vários impostos, referentes à sua companhia. Para pagar os funcionários, Brito afirma que foi obrigado a se desfazer de vários bens pessoais, tais como veículos e imóveis. Atualmente sua empresa tem 62 empregados. “Nosso protesto não tem nada a ver com política. Queremos apenas receber o que é nosso, por direito”, afirmou Brito.
Quem também está na mesma situação é Eurico Lobato, mas com mais de R$ 362 mil a serem recebidos deste 2013. De resto, é tudo igual, impostos e fornecedores atrasados e salários de funcionários em dias a muito custo. Os mais incrível, dizem os empresários, é que a prefeitura tem pagado regularmente os atuais prestadores de serviço da secretaria.
Em nota, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que está negociando com os fornecedores, a fim de que o débito seja sanado o mais breve possível. E ressalta ainda que uma comissão, formada por representantes dos fornecedores, foi recebida no final da manhã desta segunda-feira pelo secretário municipal de Governo, Lula Fylho, para tratar sobre os trâmites de como se dará o pagamento dos valores devidos.
Histórico
Esta não é a primeira vez que os prestadores de serviço da Prefeitura de São Luís fazem este tipo de protesto em frente à Semosp. Em 2014, a reivindicação era a mesma, mas então, eram apenas meses de débito. Na época, o titular da secretária, Antônio Araújo, recebeu os trabalhadores e firmou um acordo, dizendo que o pagamento seria liberado naquele mesmo dia.
Em 2015, funcionários de uma empresa de limpeza utilizaram do mesmo artifício e fecharam a porta da secretaria. Eles reclamavam de três meses de salários atrasados.
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