Sem reparos

Escolas atingidas pelos ataques não foram reformadas em S. José

Em São Luís, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os reparos nas escolas que foram alvos de criminosos já estão em curso

Thiago Bastos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Uma das escolas vandalizadas na Ilha
Uma das escolas vandalizadas na Ilha (Uma)

Parte das escolas públicas da Grande Ilha atingidas pelos ataques criminosos registrados no fim do mês passado ainda não foi recuperada. Em São Luís, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), os reparos nas escolas que foram alvos de criminosos já estão em curso, por meio do cronograma de requalificação das unidades de ensino executado pela secretaria. Já as escolas danificadas em São José de Ribamar, até o momento, não possuem planejamento para recuperação física. Até o fechamento desta edição, nenhum representante da prefeitura ribamarense foi localizado para falar sobre o assunto.

O Estado esteve, na tarde de sexta-feira (7) nas escolas Roseana Sarney, na Vila Roseana Sarney e Primeiros Passos, ambas em São José de Ribamar. As unidades de ensino também foram atingidas pelos ataques criminosos. Em ambos os locais, alguns telhados ainda não foram repostos e os serviços de pintura ainda estão pendentes.

Já na capital maranhense, na UEB João Lima Sobrinho, no Parque Timbiras, os espaços danificados foram isolados, com tapumes, e as aulas seguem normalmente. Na manhã de sexta-feira (7), uma viatura da polícia militar realizava rondas nas proximidades do colégio.

Nas escolas Maria Rocha, na Areinha; Rosa Mochel e Nadir Moraes, no Coroado – as aulas seguem normalmente, com pais e alunos saindo normalmente dos locais. Segundo a reportagem publicada em O Estado no dia 7 deste mês, funcionários destas unidades estariam recebendo ameaças, via celular, de supostos bandidos. Nos áudios, os criminosos afirmam que “vão tocar fogo” nas escolas. Além das gravações, os muros das unidades de ensino também exibem pichações com frases referentes a grupos criminosos.

Policiamento

Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) todas as unidades operacionais da Polícia Militar do Maranhão da Região Metropolitana de São Luís estão atuando no intuito de evitar novos ataques. Até mesmo as viaturas da Ronda Escolar estão inclusas neste processo.

O serviço de inteligência da polícia também está trabalhando para identificar possíveis ações criminosas e ameaças realizadas à escolas e estudantes, como foi retratado na edição de sexta-feira, de O Estado. A SSP, no entanto, ressalta que as estratégias para evitar essas práticas não podem ser divulgadas por motivos de segurança.

Reforma

Duas unidades de ensino, a Darcy Ribeiro, no Sacavém, e a Carlos Saab, no Vila Mauro Fecury II, estão sendo reformadas em uma parceria com o governo do estado. A primeira teve vigas e telhas novas colocadas no lugar das que foram danificadas além de reparos na alvenaria e acabamentos. Durante a reforma, os alunos foram realocados para outras salas, na própria unidade.

Três salas foram atingidas no atentado, a mais destruída teve todo o telhado e forro destruído pelas chamas; paredes vieram ao chão; estruturas elétricas e piso ficaram inutilizados; e itens de composição, incluindo persianas e quadros, foram totalmente consumidos pelo fogo. A UEB Carlos Saad também teve três salas queimadas. A previsão é que no prazo médio de 30 dias as obras sejam concluídas

O secretário municipal de educação, Moacir Feitosa ressaltou que, apesar destas ameaças, o calendário escolar não foi alterado. “Os alunos não foram prejudicados. Professores estão em sala de aula e onde houve a necessidade fizemos remanejamentos para que as atividades não sejam interrompidas e possamos seguir o que foi planejado para todo o ano letivo, como estamos conseguindo cumprir”, pontuou Moacir Feitosa.

Atentados

Até sexta-feira, dia 7, 14 escolas na região metropolitana de São Luís já haviam sido alvo de vandalismos. Os atentados começaram na sexta-feira, dia 30, quanto três escolas foram incendiadas. No dia seguinte, 1º, mais seis prédios foram atacados e no domingo, quatro. A última foi a UEB João Lima Sobrinho, no Parque Timbiras, no dia 3.

Escolas atacadas

30/09 – UEB Darcy Ribeiro, no Sacavém

30/09 – UEB Professor Carlos Saad, na Vila Mauro Fecury I

30/09 - UEB Rubem Almeida, no Coroadinho

1º/10 – Escola Ana Lúcia Chaves Fecury, no bairro São Bernardo

1º/10 – Escola Maria de Lourdes, no Canavieiro, em São José de Ribamar

1º/10 – UEB Tiradentes, na Vila Maranhão

1º/10 – Escola Roseana Sarney, na Vila Roseana Sarney, em São José de Ribamar

1º/10 – Escola Primeiros Passos, no Turiúba, em São José de Ribamar

1º/10 – Escola Maria José Vaz dos Santos, no João de Deus

2/10 - Escola Janaína, no Pirapora

2/10 – Escola Municipal Nice Lobão, na Vila Kiola, em São José de Ribamar

2/10 – Escola Liberano Pereira, no Maiobão (tentativa)

2/10 – Escola São Francisco, na Maiobinha (tentativa)

3/10 – UEB João Lima Sobrinho, na Vila Natal, no Parque Timbiras

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