Pesquisa

Quase 100 mil MPEs criadas em cinco anos no Maranhão

De acordo com estudos do Sebrae, entre 2009 e 2014 foram abertas 98,8 mil micro e pequenas empresas no estado, num ritmo de 10 empresas por hora

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44

Uma pesquisa feita pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Maranhão (Sebrae) mostrou que quase 100 mil Micro e Pequenas Empresas foram criadas entre 2009 e 2014. Isso quer dizer que, no período, o número de MPEs ativas cresceu 268%. Foi um dos maiores saltos registrados no período no Nordeste.

“Este dado mostra a pujança das MPEs e o quanto elas são importantes para a economia do estado, que hoje respondem por cerca de 95% das empresas ativas no estado, geram pouco mais da metade dos empregos e por quase 30% da arrecadação de impostos no estado. Por isso, temos muito o que comemorar no Dia da Micro e Pequena Empresa, que marca o aniversário da aprovação do Estatuto da Micro Empresa e da Empresa de Pequeno Porte”, explicou o diretor superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins.

Segundo a pesquisa, em 2009 haviam 36.747 microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) ativas no Maranhão. Cinco anos depois, em 2014 este número chegou a136.526 empresas dos três tipos ativas no estado. Isso significa que no período foram abertas 98.849 novas MPE’s no estado.

O fenômeno se repetiu em todo o Nordeste, onde a taxa de crescimento anual média é de 30,6% no período, fazendo com que o número de MPEs na região saltasse de 472 mil para 1,7 milhão, o que significa que cerca de 680 empresas foram abertas diariamente nos nove estados do Nordeste. No Maranhão, foram abertas em média 79 empresas diariamente ou 10 empresas por hora, levando-se em consideração apenas os dias úteis e o horário comercial.

Diretor superintendente do Sebrae, João Martins, destaca crescimento
Diretor superintendente do Sebrae, João Martins, destaca crescimento

MEI
Este fenômeno foi puxado especialmente pelos MEI’s, os microempreendedores individuais, que respondem por mais de 65 mil novos empreendimentos, principalmente nas áreas de construção, beleza e varejo. Um dos exemplos destes empresários que toparam o desafio de ter uma microempresa foi a empresária Ivone Vieira Costa. Ela tem um minimercado em Presidente Dutra e decidiu se formalizar em 2009, logo que o fenômeno teve início no estado.
Ela decidiu se tornar uma microempreendedora individual. Até então, ela trabalhava informalmente com uma pequena casa comercial de produtos alimentícios. Com a institucionalização dos Microempreendedores Individuais, categoria de personalidade jurídica criada em 2008, decidiu que era a hora de se formalizar.

“Comecei meu negócio informalmente em 2006, mas acompanhava pelos meios de comunicação a possibilidade de se aprovar uma lei criando uma nova categoria para formalização. Quando ela foi aprovada procurei o Sebrae e me formalizei em 2009”, lembrou.
Ivone Costa contou sobre a carência de mercearias no bairro onde morava, o que acabou viabilizando o negócio. “Como não tinha concorrência, acabei conseguindo crescer mesmo sem muito dinheiro. Em dois anos havia dobrado o tamanho do meu negócio.

Assim, investi em um ponto mais amplo e mais bem localizado para atender a uma clientela maior. O Sebrae me ajudou muito na organização e no plano de desenvolvimento”, contou.

Com os novos investimentos, a empresa de Ivone Vieira aumentou o faturamento e precisou mudar de categoria jurídica. Desta forma, passou a ser uma das 59 mil microempresas ativas no estado em 2014. Hoje, o minimercado dela continua em expansão e não vende só gêneros alimentícios e produtos de limpeza, mas já comercializa cortes de carne bovina.

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