Eleições 2016

Eleições são teste de fogo para o PT Após impeachment de Dilma

Partido sofre com a rejeição aos seus candidatos e tem apenas uma capital, Rio Branco (AC), em que seu candidato tem condições de vencer em primeiro turno

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Luiz Inácio Lula da Silva tem três concorrentes à sua frente de acordo com as últimas pesquisas
Luiz Inácio Lula da Silva tem três concorrentes à sua frente de acordo com as últimas pesquisas (Lula tem aprentes investigados pela PF)

BRASILIA - As eleições deste domingo, 2, são um enorme desafio para o Partido dos Trabalhadores (PT) nos 5.570 municípios do Brasil. Além de ser alvo da Lava Jato e recém-saído do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a sigla luta para se manter no poder.

No último pleito, em 2012, o partido foi o mais bem sucedido - ultrapassando a marca de 17,2 milhões de votos em todo o Brasil e registrando um crescimento de 4,2% na comparação com 2008. Ao todo, o partido conquistou 628 prefeituras (tinha 550 quatro anos antes) e 5.067 vereadores (tinha 4.168 em 2008).

Porém, para este ano, a previsão é bem mais modesta. De acordo com as pesquisas nas capitais brasileiras, a "vitória" mais certa é apenas na capital do Acre, Rio Branco, onde o candidato Marcus Alexandre tem 62% das indicações de votos - 35% a mais que a segunda colocada, Eliane Sinhasique (PMDB). Em Recife, João Paulo, luta voto a voto com Geraldo Julio (PSB) pela dianteira das pesquisas.

Em todas as outras, o partido sofre. Em São Paulo, no maior colégio eleitoral do país, o prefeito Fernando Haddad, que tenta se reeleger e é apadrinhado politicamente pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem três concorrentes à sua frente de acordo com as últimas pesquisas.

Além dos problemas políticos, o PT ainda sofre com as constantes desfiliações de seus candidatos. Segundo levantamento, um em cada cinco prefeitos eleitos pela legenda em 2012, pediu desfiliação. Outro dado importante é que, há quatro anos, o PT tinha 42,6 mil candidatos a vereador. Neste ano, incluindo prefeitos e vereadores, são "apenas" 24,2 mil petistas na corrida eleitoral - o que torna impossível a obtenção do mesmo resultado da última eleição.

Entre as maiores causas para a possível derrota, no entanto, está o fato de membros do partido ou dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff serem ligados diretamente ao escândalo da Lava Jato. Nas últimas semanas, dois ex-ministros Guido Mantega e Antonio Palocci tiveram a prisão decretada pela Justiça por supostos desvios na Petrobras.

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