O prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), candidato à reeleição pela coligação “Pra seguir em frente”, foi o principal alvo dos adversários durante o debate da TV Mirante, realizado na noite de ontem com cinco dos nove candidato a prefeito de São Luís.

Além dele, participaram do programa o deputado estadual Wellington do Curso (PP), da coligação “Por amor a São Luís”, a deputada federal Eliziane Gama (PPS), da coligação “São Luís de verdade”, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) e o vereador Fábio Câmara (PMDB), da coligação “Coragem para fazer”.

Durante os quatro blocos, todos os debatedores aproveitaram suas perguntas e respostas, sempre que puderam, para focar em alguma crítica à gestão do pedetista.

Em aproximadamente uma hora e meia de debate, foram abordados temas como corrupção na Secretaria de Orçamento Participativo – via contratação, por mais de RF$ 30 milhões, do Instituto Superior de Educação Continuada (ISEC) –, proliferação de lixões pela capital, não cumprimento de promessas como a de construção de 25 creches, falta de saneamento básico e abandono de praças esportivas, como o Estádio Municipal Nhozinho Santos.

Edivaldo tentou responder aos questionamentos dos demais candidatos e apresentar propostas, mas foi sempre confrontado com réplicas ou tréplicas que o contestavam. E chegou a perder a compostura logo no início do primeiro bloco, quando afirmou que o candidato Wellington do Curso não sabia de ações da sua gestão para dar fim ao Aterro da Ribeira porque estaria “em farras” nas ruas durante os fins de semana.

“Temos trabalhado desde o primeiro dia da nossa gestão. Talvez o senhor não tenha prestado atenção porque se dedicou ao longo desses dois anos em muitas farras aos fins de semana na rua”, disse.

Em outro ponto de maior tensão, foi o deputado Eduardo Braide quem criticou o “planeta Edivaldo”, referindo-se à propaganda política diferente, segundo ele, da realidade na comunidade Tinaí, zona rural de São Luís.

“Veja a diferença do planeta Edivaldo para a realidade”, disse, destacando que os produtores da localidade não conseguiram beneficiar seu arroz por falta de energia elétrica.

Embate – Braide também protagonizou um embate mais duro com Wellington do Curso. Ao debater sobre quem produzia mais no mandato na Assembleia Legislativa, o candidato do PMN apresentou uma lista de leis de sua autoria aprovada e questionou o fato de o colega parlamentar não haver direcionado emendas, por exemplo, para a educação.

Wellington respondeu acusando. “O deputado Eduardo Braide destinou emendas para o Aldenora Belo, para hospitais, é louvável. Mas deveria explicar também as suas emendas mandadas para Anajatuba e que são alvo de investigação da Polícia Federal”, disse.

A declaração ensejou um pedido de direito de resposta de Braide, o que foi autorizado pela coordenação do debate.

“Candidato Wellington eu quero dizer que sou ficha limpa, não respondo a nenhum processo. Nunca fui investigado. Por coincidência, eu descobri que os blogueiros que fizeram referências caluniosas a mim, todos trabalham para você hoje em dia”, comentou, destacando que processou esses assessores do pepista e que está doando para hospitais valores de condenações obtidas na Justiça.

O debate da TV Mirante foi a última importante ação de mídia eletrônica permitida aos candidatos. Também na noite de ontem expirou o prazo para a propaganda eleitoral gratuita no Rádio e na TV e os candidatos ainda podem recorrer à campanha corpo a corpo até o dia 2 de outubro.

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